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Suzy Menkes
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Stonehenge, essa misteriosa construção Druida no Sudoeste de Inglaterra, e o Wicker Man, uma figura pagã da mesma era, foram as inspirações de Gareth Pugh.

Para a sua apresentação em Nova Iorque, por meio de três filmes separados, e para a coleção que está agora a mostrar em Paris, o designer britânico mergulhou na História, mas criou roupas inteligíveis, no entanto.

Pugh é um pensador profundo e as suas roupas são únicas, mesmo que expressem ideias similares a de outros designers vanguardistas: a importância do corte que se relaciona com o corpo com o mínimo de costuras possível; e o uso de materiais tactéis.

Estes efeitos aliaram-se em dois vestidos: um em sarapilheira original com a textura de uma saca; a outra em chiffon em franjas. Representavam a antiga tradição britânica de bonecas de milho e a Rainha May, e ambas estava dobradas sem costuras, angulares no corpo. O segundo dos dois podia ser usado por qualquer mulher moderna.

Foi bom ter revisto os filmes, porque Pugh podia apresentar as roupas através da dança, o seu dom original, e com acessórios ritualísticos, como chapéus de bruxa que cobriam o rosto. Mas como criador, amadureceu, produzindo peças relativamente tão simples quanto um vestido preto com um manto adicionado, ambos decorados com botões de pérola, num outro aceno cultural a, desta feita, à britânicas “Pearly Queens”.

“É sobre ligares-te às esquecidas superstições que têm muito a ver com a criatividade”, disse Pugh, referindo-se à antiga agricultura, à época de colheita, à deusa do mar e à “ideia de morte e renovação”.

Uma vez que o pai de Pugh está na força policial, a referência ao herói de polícias do filme de 1973, “The Wicker Man”, teve uma significância pessoal para o criador.

Também na moldura da sua coleção de primavera-verão 2015 estavam os vestidos mais reconhecíveis de Pugh, em padrões gráficos de preto e branco, tão complicados na construção, mas tão lineares na silhueta.

Uma vez que Pugh tem vindo gradualmente a tornar a sua coleção mais acessível, esta coleção não pode ser descrita como um renascimento. Mas as roupas – como o top em chiffon decorado com botões de pérola e a malha da sarapilheira – pareceram mais terrenos. E o designer confirmou essa tendência.

“Queria que fosse mais sobre a terra do que qualquer outra coisa que aterrasse numa nave espacial”, disse Pugh.

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Vogue International Editor Suzy Menkes is the best-known fashion journalist in the world. After 25 years commenting on fashion for the International Herald Tribune (rebranded recently as The International New York Times), Suzy Menkes now writes exclusively for Vogue online, covering fashion worldwide.

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