“Barbie, Barbie, let’s go party,” clamava a banda sonora, à medida que as modelos com grandes cabeleiras louras, peito insuflado e trolleys cor de rosa desfilavam – alguma até patinavam – pela passerelle.
“Moschino para 5 anos e mais “, lia-se na t-shirt de uma modelo vestida à barbie – e no peito do criador Jeremy Scott.
“A Barbie é tão alegre – e eu queria trazer alguma dessa alegria e diversão à Moda”, explicou Jeremy Scott nos bastidores.
No seu segundo desfile para a Moschino, o criador americano elevou a marca italiana ao estatuto de super-herói para audiências mais jovens, que suspirou e agarrou em tudo o que era minissaias em pele, calças skinny prateadas, pedaços de tule branco e looks decorados com biquinis.
Jeremy Scott tem um verdadeiro sentido de humor e de estilo. Quando se removia do cenário de Barbie as perucas e os acessórios peculiares, encontravam-se catitas fatos de alfaiataria que têm sido sempre um básico Moschino. E até o desfile explodir em saias-balão, o show tinha menos de burlesco e mais de styling divertido.
Mas há uma coisa que Scott tem de resolver. Quando o falecido Franco Moschino usou o símbolo anti-nuclear como Moda, foi derivado de uma profunda convicção sobre o estado do mundo. Isso era na altura. Mas há também questões e causas do séc. XXI – a moda ética, por exemplo – que Jeremy Scott poderia incluir na Moschino.
Mas nessa altura a Barbie teria de parar de oxigenar o cabelo.