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Paulo Bento já anunciou os 23 futebolistas que, em breve, vão defender as cores nacionais na fase final do Europeu de futebol. Como não poderia deixar de ser, por agora, todos vamos dizendo que a ..." /> Selecção de todos nós - Olhos de ver - Record

Olhos de ver

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Selecção de todos nós

14 Maio, 2012 768 visualizações

Paulo Bento já anunciou os 23 futebolistas que, em breve, vão defender as cores nacionais na fase final do Europeu de futebol. Como não poderia deixar de ser, por agora, todos vamos dizendo que a lista tem lacunas, que engloba jogadores que não deviam fazer parte das escolhas, que outros foram injustiçados, que as justificações para optar por uns não servem para explicar a ausência de outros, etc, etc. É próprio do momento e eu, claro, também já vou tratar de dizer de minha justiça. No entanto, fulcral, é perceber que o lote está escolhido (salvo algum imponderável de última hora) e que serão estes os homens que, daqui a uns dias, nos farão sofrer. Acreditar na sua qualidade e na excelência dos respectivos desempenhos é que importa, pois embora isso possa parecer estranho para muitos… são estes que vão defender o nome de Portugal.

Nunca entendi que, aquando do anúncio de uma lista de convocados para uma grande competição, se opte por jogadores que praticamente não jogaram em detrimento de outros que, com valor similar, estiveram quase sempre em acção. No caso dos eleitos para a baliza isso significa que, se eu fosse a decidir, Eduardo ficaria em casa e Quim estaria no evento a realizar na Polónia/Ucrânia. Atente-se que não estou interessado em discutir se um é melhor que outro, nem sequer a pensar que alguém deles teria (ou terá) chances, de momento, de roubar a titularidade a Rui Patrício. O que está em causa é que Quim tem experiência, provas dadas e uma época de qualidade ao serviço do Sp. Braga, enquanto Eduardo – depois de um período em que era indiscutível – foi relegado para uma posição subalterna em Génova e depois no Benfica.

Olhando para a defesa, a surpresa passa pela inclusão de Miguel Lopes. Aceito que se diga que o jovem lateral fez uma época positiva no Minho. No entanto, aqui devido à sua inexperiência ao mais alto nível, não o escolheria. Preferia Nélson, mais batido, mais acutilante e capaz de render nos dois corredores. Com o lateral do Bétis na comitiva, a Selecção resolvia só com um jogador a questão dos dois suplentes para João Pereira e Fábio Coentrão, embora tenha consciência que Paulo Bento também pensa em Miguel Veloso como solução alternativa ao esquerdino do Real Madrid.

No meio-campo, Custódio é a grande surpresa, sendo que para mim também Ruben Micael é uma carta que não me convence por aí além, mais ainda por ter tido uma temporada algo complicada no Saragoça (só na parte final apareceu melhor). Contudo, já sabia, Paulo Bento não o deixaria de fora. Manuel Fernandes e Hugo Viana, a meu ver, mereciam mais estar na lista. E são dois futebolistas mais “rodados”.

Nas posições mais adiantadas, Varela acaba por ganhar uma posição depois de uma época pouco positiva. No entanto, com Danny lesionado e Nuno Gomes sem ritmo de jogo… as hipóteses não podiam ser outras. Hugo Vieira, Vaz Tê, Wilson Eduardo e Salvador Agra foram surpresas agradáveis durante a temporada 2011/12 mas não possuem, para já, estatuto para integrar uma lista para um evento desta envergadura. Nélson Oliveira, por jogar (e treinar) a um nível mais exigente, reunir características físicas raras (apenas Hugo Almeida é da sua estampa) e por ter mostrado no Mundial Sub-20 ser um jogador com um potencial tremendo… já pode ser uma opção… como suplente.

Mas, regressemos ao início: o que interessa é que Paulo Bento consiga tirar o maior proveito dos 23 eleitos e que Portugal, finalmente, consiga trazer para casa algo que teima em escapar-nos. Assumo que esta não é a vez que sinto maior confiança nas capacidades da nossa Selecção, mas como português quero ser surpreendido. Venham os jogos! E as vitórias…