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Saudades de Maradona

7 Julho, 2011 657 visualizações

A passagem de Diego Maradona pelo comando da selecção argentina não foi muito profícua. E como não poderia deixar de ser, o seu consulado ficou marcado por um sem número de polémicas, algumas – provavelmente as maiores – envolvendo os próprios dirigentes federativos. Sem resultados desportivos para apresentar, o técnico não resistiu e acabou afastado depois do Mundial da África do Sul.

Na altura, na Argentina mas mais na Europa, muitos (principalmente aqueles que nunca conviveram bem com as excentricidades e as más opções de vida por parte de Diego) aproveitaram a ocasião para criticar fortemente “El Pibe”, salientando, até à exaustão, que o visado não tinha currículo enquanto treinador que justificasse liderar uma das equipas mais fortes do planeta, repleta de executantes de primeira linha. Com ou sem exageros, a verdade é que a opinião tinha algum fundamento…

Pois bem, cerca de um ano volvido, todos parecem estar de acordo que a formação sul-americana, não sendo brilhante sob a batuta de Maradona, sempre jogava futebol, algo que não sucede de momento, agora com Sergio Batista ao leme do conjunto.

Confesso que não consigo descrever com exactidão a forma como a Argentina, a actuar em casa, jogou as duas primeiras partidas na Copa América. Perante Bolívia e Colômbia, a equipa que tem o dever de estar na discussão do título foi simplesmente vulgar. Tanto que, de repente, futebolistas fantásticos parecem não ter a mínima ideia do que é preciso fazer dentro do campo para ajudar a equipa a chegar às vitórias. Messi, então, parece outro.

Os dois empates registados (nada maus face às exibições) não são dramáticos tendo em vista o apuramento para a fase seguinte, mas o público já percebeu que com Batista esta Argentina raia o absurdo. Aliás, basta ver a forma como o técnico arma o onze e opera as substituições para se ter a certeza que, ao pé deste cavalheiro com aspecto de porteiro de discoteca, Maradona passa por ser o melhor treinador do Mundo.

Perante este cenário não fiquei surpreendido por ouvir, durante o jogo com a Colômbia (muito bem as prestações dos portistas Falcao e Guarín), assobios à equipa local e, mais interessante, cânticos de apoio a Maradona. Os argentinos, quando estão aflitos no futebol, lembram-se sempre do seu “Deus”. É assim há várias décadas…