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Olhos de ver

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Cardinal mereceu despedimento

21 Maio, 2011 843 visualizações

Cardinal, um dos melhores executantes nacionais do momento, tem tanto talento para a prática do futsal como queda para os disparates. E isso, claro, tende a criar-lhe problemas. Ainda assim, dá a ideia que o rapaz não está minimamente preocupado com o assunto. Ele lá sabe as linhas com que se cose mas, como é evidente, não deve considerar estranho que o tenham despedido por justa causa, depois de se “esquecer” de ir treinar porque, nesse dia, tinha muito mais interesse em estar em Dublin, a assistir à final da Liga Europa.

Cardinal é adepto portista e nunca o escondeu de ninguém. Tal não configura nenhum problema, da mesma forma que não é grave ter um coração azul e branco e representar um clube rival, no caso o Sporting. O desporto nacional – do futsal ao futebol, passando por basquetebol, andebol, hóquei em patis, voleibol e tantas outras modalidades – está recheado de exemplo de atletas (a maioria profissionais) que jogam com o equipamento “inimigo”. Conheço dezenas no activo. E outros tantos já retirados.

A decisão dos responsáveis do Sporting é completamente compreensível. Aliás, não podia ser outra, sob pena da enorme falta de respeito pelo treinador, companheiros, clube e adeptos potenciar, a qualquer altura, o alastramento a outros membros do plantel ou até de diferentes modalidades. No entender de algumas pessoas com quem falei, o despedimento, de resto, só peca por tardio, pois Cardinal – tendo todo o direito do mundo a estar presente onde quiser, a apoiar quem mais lhe agradar – devia saber que não é pacífico ser visto na primeira linha dos Super Dragões quando, ao mesmo tempo, se representa um clube rival. Não consigo imaginar um assumido elemento da Juventude Leonina ou dos No Name Boys passar a profissional no FC Porto… E se isso já seria suficiente para criar atritos, mandar às malvas o profissionalismo por causa da clubite seria sempre uma gigantesca irresponsabilidade como, nesta caso, se verificou.

Ao não passar “cartão” a tudo e todos em Alvalade, de forma repetida e sem hesitações, Cardinal “pediu” para ser despedido. O Sporting, bem, cumpriu o seu desejo. E ao invés do que se possa pensar, talvez tenha ficado com uma equipa mais forte. Perdeu um grande valor individual, é certo, mas, muito provavelmente, apenas isso. E no futsal, tratando-se de um desporto colectivo, ninguém ganha sozinho, nem um único elemento poder ser mais importante que o grupo.