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Mais uma prova, mais um título. O FC Porto segue imparável rumo, muito provavelmente, à conquista de quatro troféus numa só temporada, algo que raramente sucede, seja em Portugal ou em qualquer ou..." /> FC Porto soma e segue - Olhos de ver - Record

Olhos de ver

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FC Porto soma e segue

19 Maio, 2011 769 visualizações

Mais uma prova, mais um título. O FC Porto segue imparável rumo, muito provavelmente, à conquista de quatro troféus numa só temporada, algo que raramente sucede, seja em Portugal ou em qualquer outro país. E como é costume nas grandes equipas, nem sempre é necessário jogar bem para, após os 90 minutos, somar mais um sucesso. Foi o que aconteceu em Dublin, na final da Liga Europa. Os dragões, conforme assumiu André Villas-Boas, não mostraram o seu verdadeiro potencial mas, naturalmente, nos embates decisivos a única coisa que conta é o triunfo e esse, conforme esperado, pertenceu aos azuis e brancos. 

O duelo realizado na capital irlandesa não constituiu um grande espectáculo futebolístico. A primeira parte foi demasiado táctica, embora com o FC Porto a dominar; a segunda foi mais emotiva, com o Sp. Braga a forçar o andamento, mas sendo incapaz de aproveitar uma soberana ocasião logo no reatamento (defesa fulcral de Helton a remate isolado de Mossoró). Os portistas, surpreendentemente retraídos, optaram por gerir a vantagem, controlando a posse de bola e apostando no contra-ataque para “matar” o jogo. A incerteza reinou até ao derradeiro instante, mas muito mais por culpa da magra vantagem dos dragões do que devido à pressão minhota.

Falcão, como não poderia deixar de ser, voltou a ser a figura de proa. Na Liga Europa foi quase sempre assim, pelo que ninguém pode dizer que não esperava algo do género. Na primeira vez que se libertou da marcação de Paulão (que hesitou entre ficar com o colombiano ou aproximar-se de Varela), o dianteiro soube capitalizar o cruzamento do compatriota Guarín e o deslize (bola perdida em zona proibida) de Rodriguez. Um verdadeiro “matador” é assim: não precisa de estar muito em jogo ou de rematar vezes sem conta. “Basta” acertar no momento certo.

Mas o avançado sul-americano não é a única individualidade do plantel nortenho a merecer toda a atenção por esse mundo fora. André Villas-Boas prossegue o seu autêntico estado de graça. Na primeira experiência a tempo inteiro como técnico principal, o treinador não pára de ganhar, de estabelecer recordes para todos os gostos. Será capaz de suplantar os feitos do antigo professor? Essa é a pergunta que já muitos colocam. De momento, claro, ainda está longe de apresentar um currículo tão brilhante quanto o de Mourinho, mas o melhor – perante este início de caminhada tão brilhante – é não apostar contra essa possibilidade. E digo isto quando, há uns meses, jamais me passava pela cabeça a possibilidade deste jovem (de apenas 33 anos) conseguir tanto sucesso e tão depressa. A manter este ritmo, e pese as garantias dadas por Pinto da Costa, não custa prever um salto repentino para um banco talvez menos apaixonante, mas garantidamente mais luxuoso…

O Sp. Braga merece, na hora da derrota, uma palavra de incentivo. A equipa, que internamente ficou a léguas do desempenho da temporada anterior, esteve sublime na Europa. É verdade que só venceu 9 dos 19 encontros realizados nas duas provas uefeiras em que competiu e que fechou as contas com um saldo negativo em golos (20-21). Mas, mesmo com estes dados aparentemente sofríveis, logrou atingir de forma impensável uma final e saiu do anonimato a nível internacional. Hoje, todo o Velho Continente conhece a formação arsenalista.

Resta saber o que irá acontecer no futuro imediato. Domingos vai para Alvalade com Rodriguez, Artur para a Luz, Sílvio para Madrid, Vandinho para local incerto e, muito provavelmente, outros também estarão de saída. Irá António Salvador conseguir manter uma bitola elevada, em Portugal e lá fora, tendo praticamente de construir um bloco todo novo? Esse é o seu desafio imediato.