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Quem estava à espera de um grande jogo em Alvalade enganou-se. Grande foi só a vergonha na bancada Sul, onde alguns desordeiros passaram uma parte inteira numa autêntica batalha campal com a Políc..." /> Benfica a mais para Sporting a menos - Olhos de ver - Record

Olhos de ver

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Benfica a mais para Sporting a menos

21 Fevereiro, 2011 699 visualizações

Quem estava à espera de um grande jogo em Alvalade enganou-se. Grande foi só a vergonha na bancada Sul, onde alguns desordeiros passaram uma parte inteira numa autêntica batalha campal com a Polícia que apanhou tudo e todos pela frente, incluindo crianças que só cometeram o delito de gostar de futebol. No campo, o Benfica entrou melhor, colocou-se justamente na frente e depois, após a expulsão (correcta) de Sidnei, tratou de cerrar fileiras para segurar a vantagem, um pouco à imagem do que se passou recentemente no Dragão, em embate respeitante à Taça de Portugal. E mesmo com essa postura, os visitantes ainda fizeram o 2-0 e estiveram próximo do terceiro, quando Cardozo executou um “chapéu” que passou ligeiramente acima da trave.

Não estou propriamente surpreendido com o desenrolar do dérbi. Ganhou quem tem estado muito mais forte e perdeu quem, esta temporada, em casa, se tem revelado uma equipa sem estofo, sem ideias, sem alma, sem criatividade… sem nada! Para quem ainda não reparou, convém referir que, diante dos seus adeptos, os leões somam 3 vitórias, 4 empates e 3 derrotas (com 13-14 em golos) na Liga. Isto são 13 pontos conquistados e 17 perdidos. Fora… o saldo é de 20-10!

Pelo que se observou fiquei claramente com a sensação que o “score” podia ter sido mais dilatado se o encontro tivesse sido sempre disputado com 11 para cada lado. Mas, em jogo de Campeonato e sem que o confronto directo possa ser útil face aos dois triunfos do Benfica, aos encarnados bastava ganhar. Foi o que fizeram, mostrando uma enorme entreajuda quando se viram em inferioridade numérica. Se tivesse sido “esta equipa” a começar a Liga, talvez ainda fosse possível roubar o primeiro lugar ao FC Porto. De outra forma, e pese o momento de enorme fulgor dos comandados de Jesus, é quase impossível, pois em Portugal só o Benfica mostra condições suficientes para derrubar a turma comandada por André Villas-Boas.

Nas águias, os argentinos continuam em alta. Gaitán e Salvio estão transfigurados. Para melhor. Quem os viu e quem os vê. Mas, o resto do conjunto também respira confiança, de Luisão a Coentrão, passando até por Roberto que, desta vez, só teve um tremelique, pese aqueles últimos pontapés constantemente para fora.

Quanto ao Sporting… Bom, começa a ser complicado avaliar os desempenhos dos leões. Em traços gerais, a vontade e a dedicação de alguns elementos não chega para disfarçar as lacunas, as debilidades, os erros de “casting”, as opções erradas, etc, etc. Paulo Sérgio, claro, é o “saco” preferido para as críticas, mas volto a insistir que isso é injusto. Antes dele, que também erra (não entender que Salomão constrói mais em 10 minutos que alguns companheiros em 80 é algo que me faz tremenda confusão), há muita gente responsável. E o principal é o ex-presidente. Bettencourt arrisca-se a ficar na história como um dos piores dirigentes que passaram por Alvalade. E ainda foi (bem) pago para isso. Inacreditável!

Uma nota final para Artur Soares Dias. Fez um trabalho globalmente positivo, mas penso que começou muito cedo a exibir cartões. E com esse critério apertado, esqueceu-se de expulsar Pedro Mendes que, depois de amarelado, fez falta susceptível de receber mais um. De resto, Sidnei foi bem expulso e o golo anulado ao Sporting nem sequer se pode qualificar dessa forma. O jogo estava parado (e bem), devido a deslocação de dois/três jogadores, antes do remate certeiro.

PS – Quinta-feira, para a Liga Europa, Benfica e Sporting têm jogos complicados pela frente. Mas ambos podem e devem ser cumpridos com nota positiva. As águias não podem embandeirar em arco com o que se passou esta segunda-feira, mas são muito mais fortes que o Estugarda e só precisam de não perder na Alemanha. O Sporting, por seu turno, tem de ser fiel ao que que tem mostrado toda a época: nas competições internacionais esquece-se dos problemas internos e cresce. O Rangers, aliás, não sendo uma equipa vulgar, está longe de poder assustar.

FC Porto e Sp. Braga, em casa, também têm todas as condições para seguir em frente. Os portistas têm mais de metade do trabalho feito e os minhotos só precisam de recuperar algum do ânimo do arranque de temporada.