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Paraguai-Japão, 0-0 (5-3 g.p.) Resumo: Num dos jogos menos entusiasmantes de toda a prova, a lotaria dos penáltis (leia-se também competência, pois os remates não entraram sozinhos…) so..." /> Mundial (19.º dia) - Olhos de ver - Record

Olhos de ver

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Mundial (19.º dia)

30 Junho, 2010 630 visualizações

Paraguai-Japão, 0-0 (5-3 g.p.)

Resumo: Num dos jogos menos entusiasmantes de toda a prova, a lotaria dos penáltis (leia-se também competência, pois os remates não entraram sozinhos…) sorriu aos sul-americanos que, desta forma, estão pela primeira vez no seu historial nos quartos-de-final de um Mundial. Esperava-se, contudo, que os paraguaios mostrassem mais futebol, que fossem mais afoitos em busca do triunfo. Mas isso, salvo alguns períodos, não se viu de forma consistente. Nem nos 90 minutos, nem no prolongamento. Já o Japão, pese toda a sua boa vontade, confirmou ser uma equipa com um naipe de bons executantes, mas sem experiência suficiente para, em duelos a eliminar, ter argumentos sérios para pensar em voos mais altos. Ainda assim, saliente-se, com um pouco de estrelinha e tinham seguido em frente.

Figura: Oscar CARDOZO. O avançado do Benfica não fez uma exibição de “encher o olho”. Aliás, isso seria difícil tendo em conta a fraca qualidade do futebol praticado por ambos os conjuntos (conforme se atesta pelo 0-0 ao fim de 120 minutos), bem como pelo facto de só ter entrado no tempo extra. Contudo, na hora da verdade, quando teve nos pés o penálti que valia a qualificação, Cardozo foi frio e eficaz, empurrando o seu país para uma fase nunca antes atingida.

Desilusão: Yuichi KOMANO. O defesa direito dos nipónicos, jogador do Jubilo Iwata, não foi pior, nem melhor, que muitos dos outros atletas durante os 120 minutos do duelo. Mas, nos penáltis, conseguiu ser o único dos 9 chamados a executar os pontapés decisivos que errou. E isso ditou a eliminação da sua equipa.

A rever: Keisuke HONDA. O médio dos russos do CSKA Moscovo, de 24 anos, não volta a jogar neste Mundial, mas sai da África do Sul como uma das grandes figuras. Numa competição onde a qualidade técnica, o espectáculo futebolístico, tem deixado a desejar, este japonês mostrou que ainda se “fabricam” verdadeiros “artistas”, jogadores que sabem fazer magia com a bola nos pés.

Arbitragem: Num jogo sem muitas situações complicadas para resolver, o belga Frank DE BLEECKERE cumpriu a sua missão.

Espanha-Portugal, 1-0

Resumo: Quem estava à espera de um grande jogo de futebol no confronto ibérico… deve ter ficado desiludido. Portugal optou, desde o início, por conceder o domínio territorial ao adversário, de forma a tentar sair, depois, para o contra-ataque. Mas a estratégia que até pareceu minimamente inteligente nos primeiros 45 minutos, revelou-se excessivamente calculista quando, após o golo de David Villa, Portugal foi obrigado a assumir o jogo e, pura e simplesmente, não foi capaz. Se esta partida teve algo de interessante é que, ao contrário do que sucede tantas vezes nesta modalidade, desta vez ganhou mesmo quem foi melhor, quem atacou mais, quem mais procurou vencer.

Figura: EDUARDO. O guarda-redes português fez uma exibição notável, saindo do Mundial – em que entrou com o fantasma de Quim a pairar por cima da sua cabeça – como um dos intocáveis na equipa lusa. Demonstrou, nas quatro partidas, grande serenidade e reflexos. Para quem não estava habituado a estas andanças, o “keeper” que ainda pertence ao Sporting de Braga confirmou estar capaz de saltar para um emblema com outro potencial, com objectivos mais ambiciosos.

Desilusão: Cristiano RONALDO. Um forte pontapé, na marcação de um livre directo, que deixou Casillas algo atrapalhado não chega para transformar a exibição de um dos melhores futebolistas mundiais em algo de positivo. Longe disso.

A rever: Fernando LLORENTE. O avançado do Athletic Bilbau, sistematicamente tapado numa equipa que exibe dois dianteiros com a qualidade de Fernando Torres e David Villa, provou que pode ser importante em determinados embates. O seu forte poder atlético (1.94), que impõe respeito entre os centrais contrários, é um trunfo adicional quando é preciso “furar” defesas cerradas.

Arbitragem: O argentino Hector BALDASSI teve um trabalho globalmente positivo, mas talvez tenha exagerado na forma como tentou aplicar um critério largo, falhando várias faltas e até alguns amarelos. De resto, parece ter existido posição ilegal de Villa no lance do golo (consta que por 22 centímetros), mas o lance era bastante complicado de avaliar.