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Por motivos de força maior (o jantar do meu aniversário) só vi, em directo, a primeira parte do Portugal-Cabo Verde. E tal como a esmagadora maioria dos portugueses… não gostei. Contudo, ao i..." /> — ler mais..

Por motivos de força maior (o jantar do meu aniversário) só vi, em directo, a primeira parte do Portugal-Cabo Verde. E tal como a esmagadora maioria dos portugueses… não gostei. Contudo, ao i..." /> Mundial ainda não começou - Olhos de ver - Record

Olhos de ver

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Mundial ainda não começou

25 Maio, 2010 534 visualizações

Por motivos de força maior (o jantar do meu aniversário) só vi, em directo, a primeira parte do Portugal-Cabo Verde. E tal como a esmagadora maioria dos portugueses… não gostei. Contudo, ao invés do que tenho lido e ouvido, não atribuo significado especial a esse inesperado nulo. Parece-me excessivo considerar, desde já, que vamos fracassar na África do Sul porque, a feijões, não levámos de vencida um adversário sem expressão no contexto internacional. Se tivessemos marcado 7 ou 8 golos seríamos, nesta altura, mais candidatos que há uma semana? Também não creio. As nossas virtudes (e defeitos) continuariam a ser os mesmos.

É verdade que nos 45 minutos em que estive a olhar para a televisão, Portugal ficou a léguas do seu real valor. Mas, independentemente do treinador, do adversário, do campo e até dos atletas em questão, é normal ver a Selecção Nacional encarar os jogos de preparação antes das grandes competições desta forma. Os nossos futebolistas, a exemplo do que sucede com outras formações, não gostam de correr riscos desnecessários. Basicamente, ninguém defende nos limites, esgota as reservas de energia ou arrisca uma entrada mais viril. Entendo que se critique esta postura, mas admito que é humano agir assim. Colocar em risco a presença num evento que só acontece de 4 em 4 anos por causa de um exagero num jogo-treino não passa pela cabeça de ninguém. E mesmo facilitando… talvez o infortúnio tenha batido à porta de Tiago.

Mas, se os jogadores não se aplicam se calhar nem a 70%, faz sentido realizar estes duelos em vez de aumentar o número de sessões de treino para, por exemplo, olear os lances de bola parada e as situações de vantagem ou desvantagem numérica? Pois, esta é que me parece ser uma questão pertinente. Tentar criar uma situação similar com aquilo que se vai encontrar na competição é, naturalmente, boa ideia. Porém, se a aplicação é reduzida, dificilmente o teste será muito fidedgino. De resto, tendo em conta que as fases finais decorrem no termo da temporada, não é nestes particulares que se ganha forma desportiva ou capacidade atlética. Quanto muito, criam-se rotinas, mas mal seria se uma Selecção que quer ir longe no Mundial ainda estivesse, a menos de 1 mês do arranque do certame, à procura dos famosos automatismos… Aprimorar as bases já existentes é que se impõe.

Voltando ao início: objectivamente, o empate não tem qualquer consequência, nem psicológica. Pelo menos nos atletas e na equipa técnica. Ainda assim, mesmo jogando devagar e devagarinho, teria sido muito melhor… vencer. Esse é um hábito agradável, mesmo quando nada está em causa.

A finalizar uma palavra para a forma muito interessante como Nani e Fábio Coentrão se exibiram (Simão e Duda estão em clara desvantagem para um lugar no onze). Foram os únicos, dos que observei, que jogaram como se se tratasse de um jogo a valer. E se fosse mesmo a sério, deixem-me acrescentar que, com maior ou menor dificuldade, Portugal teria mesmo ganho.