Lado B

Os sub-21 falharam os objetivos no Europeu. Vir para casa ao fim de três jogos não era o que a federação pretendia da presença na Polónia. De Rui Jorge aos jogadores, passando pela estrutura, acredito que todos esperavam mais. Mas é verdade que nem tudo foi mau. Estou longe de ser defensor de vitórias morais. Mas na formação há, de facto, mais além de ganhar. A deteção de talento, a potenciação de um modelo de jogo, o perceber se os jovens têm talento para assegurar o futuro. E aqui percebe-se que há miúdos com muito futebol nas pernas, que os sub-21 jogam muito mais do que os AA e que o futuro será uma realidade, por muito que nos falte alguém que se aproxime sequer de Cristiano Ronaldo. Mas essa é uma realidade com que teremos de viver um dia. Rui Jorge diz-se triste mas orgulhoso. Percebo-o.

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Portugal cumpriu no segundo jogo na Taça das Confederações. Uma vitória importantíssima sobre a anfitriã Rússia, que apesar de sofrida, junta ao ser inédita o facto de nos deixar muito mais próximos do desejado apuramento. A Seleção Nacional mais do que brilhar precisava de ser competente e vencer. Teve altos e baixos ao longo dos 90 minutos mas os três pontos, vitais, são nacionais.

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Cristiano Ronaldo foi ontem notícia por ter sido pai de gémeos. O melhor jogador português de todos os tempos alia ao talento natural e recordes atingidos o facto de ser um dos homens mais mediáticos do planeta. Ou seja, nada mais normal. Mas não é por isso que CR7 enche páginas de jornais um pouco por todo o Mundo. É claro que a paternidade é uma boa-nova que merece ser partilhada, mas é tudo aquilo que faz dentro de campo que lhe dá um estatuto quase inigualável. Hoje damos a conhecer o mais recente desafio do português: ficar na história através de um feito inédito: conquistar no mesmo ano a Taça das Confederações, a Liga dos Campeões e o galardão de melhor jogador do Mundo.

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Cristiano Ronaldo juntou-se ontem à Seleção Nacional após a conquista de mais uma Liga dos Campeões em que foi determinante. O capitão de Portugal termina a época em forma e vai liderar um grupo com legítimas aspirações à conquista da Taça das Confederações. Os portugueses estão de pé quente em variadíssimos setores de projecção internacional e já não surpreenderá muita gente que a nossa equipa traga mais um caneco para casa. Claro que todos os competidores merecem respeito e entre eles Alemanha, Chile e México são adversários realmente temíveis. Mas a verdade é que o estatuto dos portugueses mudou com a conquista do Europeu e os germânicos, por exemplo, não levam a melhor equipa possível. Acreditar é o que há a fazer. Até porque Cristiano está insaciável.

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A vida fora dos relvados é uma preocupação para todos os jogadores. Infelizmente há muitos que só pensam nisso quando a carreira lá dentro acaba. Pior, isso não acontece só aos 30 e muitos, como todos gostariam, mas por vezes abruptamente devido a uma qualquer lesão ou simplesmente devido à falta de opções económicas para continuar a fazer do futebol vida.

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Leonardo Jardim, Bernardo Silva e João Moutinho no Monaco, Cristiano Ronaldo no Real Madrid e Paulo Fonseca no Shakhtar protagonizaram mais um dia de ouro para o futebol português. Destaque enorme e merecido para o treinador que conquistou a liga francesa. A tarefa parecia impossível. O PSG era o crónico campeão e parecia destinado a conquistar o título interno, sendo legítimo candidato à vitória na Champions. Nada mais errado. Jardim já tinha feito um belo trabalho na recuperação do Sporting com Bruno de Carvalho e só a loucura do presidente do Olympiacos não o deixou conquistar o campeonato grego com grande vantagem, mas desta vez mudou o paradigma do futebol gaulês. É uma das obras mais impressionantes de um treinador português de que tenho memória. O triunfo do futebol sobre os milhões. A irreverência de Jardim e dos seus jovens jogadores frente aos talentosos mas burgueses parisienses. Uma conquista que abre novas portas ao técnico e levanta dúvidas sobre o futuro de pérolas como Bernardo Silva.

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Record juntou cinco dos jovens talentos da formação leonina que trabalham com Jorge Jesus e hoje pode saber o que pensam os miúdos do treinador que Bruno de Carvalho contratou para mudar a face do clube. Os elogios são muitos, o que é normal nestas coisas, mas também a confissão da exigência e da muita sabedoria futebolística de um dos mais marcantes treinadores do futebol português nos últimos anos. Não acontece muitas vezes termos a oportunidade de saber o que pensam alguns jogadores menos utilizados e que procuram um lugar ao sol no plantel. É engraçado verificar que cada um, à sua maneira, está a tentar tirar o melhor desta experiência com Jesus. É o fantasma da falta de aproveitamento da formação que em Alvalade se quer fazer evaporar. Ele não desaparece apenas com boas intenções ou palavras, mas com os atos. Mas se há jogador que parece desmistificar esta ‘perseguição’ a Jesus é Rúben Semedo. Sentou Ewerton e Paulo Oliveira. Algo que parecia impossível e tudo assente apenas no talento que JJ lhe reconhece.

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