Portugal não pára
A Seleção Nacional está nas meias-finais da Taça das Confederações após golear a Nova Zelândia. Seguros, profissionais e cientes de que não podiam facilitar, os jogadores portugueses transformaram um adversário que causou enormes dificuldades ao México num farrapo.
Entraram bem os menos utilizados, Fernando Santos tem o grupo na mão ao dar espaço a toda a gente, e não fosse a perda do mais importante elemento da defesa para o próximo jogo e o dia teria sido perfeito. Aqui falhou Pepe, com uma entrada pouco inteligente a dar-lhe o amarelo merecido, mas também o selecionador. Não custava muito poupar quem estava em risco depois de garantido o resultado. Foi pena.
A polémica dos emails e quejandos continua muito ativa. É óbvio que ninguém pode dizer que há corrupção ou sequer tráfico de influências. Isso fica para a Polícia Judiciária e Ministério Público. Mas confesso que me custa ver gente com dois dedos de testa a dizer que não há nada. Não só porque não sabem, mas porque eticamente, pelo menos nesse campo, já se leu demasiado para que a imagem do Benfica não esteja já danificada. É verdade que isso nos dias de hoje conta pouco. Mas é mais, bem mais do que nada. Espero que seja apenas cegueira clubística. Porque para desilusões já me bastava a cartilha.
Texto publicado no Record Premium e na versao impressa a 25 de junho de 2017