Haverá um antes e um pós-Ronaldo
Cristiano Ronaldo foi ontem notícia por ter sido pai de gémeos. O melhor jogador português de todos os tempos alia ao talento natural e recordes atingidos o facto de ser um dos homens mais mediáticos do planeta. Ou seja, nada mais normal. Mas não é por isso que CR7 enche páginas de jornais um pouco por todo o Mundo. É claro que a paternidade é uma boa-nova que merece ser partilhada, mas é tudo aquilo que faz dentro de campo que lhe dá um estatuto quase inigualável. Hoje damos a conhecer o mais recente desafio do português: ficar na história através de um feito inédito: conquistar no mesmo ano a Taça das Confederações, a Liga dos Campeões e o galardão de melhor jogador do Mundo.
A ambição de Ronaldo é uma das garantias que temos de que a Seleção vai lutar até ao fim pelas metas que lhe são colocadas. Ainda frente à Letónia foi notório que Cristiano era o menos acomodado dos jogadores em campo. Foi ele quem disparou e disparou até que as redes adversárias fossem violadas. Com CR7 é fácil confundir egoísmo com vontade de vencer. O craque luso nem sempre gere bem a responsabilidade que lhe cai sobre os ombros. Mas o que já fez ao serviço da Seleção, a forma como ‘nos’ ofereceu a mais recente vitória sobre a Letónia, obriga-nos a acreditar que depois de sermos campeões europeus podemos sonhar com a conquista da Taça das Confederações.
Seria mais um feito estrondoso para um país pequeno e periférico. Mas já nos habituámos ao impossível. E se temos o secretário-geral das Nações Unidas, somos campeões europeus, vimos Salvador ganhar o festival da Eurovisão e temos uma geringonça que funciona, porque não ganhar as Confederações? Certo é que haverá um antes e um pós-Ronaldo. Porque ele leva muito de Portugal ao Mundo. Goste-se ou não.
Texto publicado a 11 de junho de 2017
