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Não se discute no TAS a transparência dos fundos mas sim o direito de o Sporting vender Marcos Rojo sem pagar o que a Doyen entende lhe é devido. São coisas diferentes e muitas vezes confundidas pe..." /> Os fundos e a transparência - Lado B - Record

Lado B

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Os fundos e a transparência

18 Junho, 2015 809 visualizações

Não se discute no TAS a transparência dos fundos mas sim o direito de o Sporting vender Marcos Rojo sem pagar o que a Doyen entende lhe é devido. São coisas diferentes e muitas vezes confundidas pelos adeptos. Se a tomada de posição defendida pela direção leonina teve, ou não, razão de ser, é algo que as instâncias jurídicas decidirão. O que se mantém é a luta contra os fundos, bem vistos e utilizados por clubes como o Benfica e o FCPorto e contestados pelos leões.


Os fundos são defendidos por muitos como forma de chegar a jogadores para os quais não há dinheiro. Entende-se a lógica, mas resta saber porque não há dinheiro. Ou porque há de estar o futebol entregue a capital que não se sabe de onde vem ou sequer quem são os subscritores dos mesmos fundos. Tenho quase a certeza de que se fossem relevados os nomes dos detentores dos extintos por Benfica e Sporting encontraríamos curiosidades interessantes. Mas transparência é coisa rara neste país e as instâncias que têm de zelar por ela têm falhado redondamente. Se o Banco de Portugal e a CMVM se espalharam ao comprido, por incompetência ou algo mais, na supervisão de casos como o BPN, o BPP ou o BES, imagine-se o pouco tempo que perderão a olhar para as SAD.


Acabar com os fundos não vai mudar o futebol. Mas que eles são opacos, é óbvio


Há hoje muitos negócios difíceis de entender. E que a ausência de informação económica relevante torna impossível descodificar. Daí à desconfiança dos adeptos vai um passo. O jornalista não pode acusar sem provas. E deve zelar para que não sejam levantadas suspeitas sem fundamento. Mas se acabar com os fundos não vai limpar o futebol, reconhecer que eles são opacos é uma obrigação. Que dinheiro e interesses escondem? É algo que os estados deveriam vigiar. Não querem. Mesmo.