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Lado B

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O nosso futebol não é só isto

7 Junho, 2014 859 visualizações

É espantoso como Portugal consegue ter uma Seleção no 4.º lugar do ranking com um campo de recrutamento de jogadores tão reduzido. Como é fantástico que tantas equipas portuguesas tenham chegado à final da Liga Europa. Absolutamente incrível é que o FC Porto de Mourinho tenha ganho duas competições europeias consecutivas. O fenómeno futebol pode e deve ser um orgulho para os portugueses, se for visto pelos jogadores e treinadores. São dois campos em que não ficamos a dever a ninguém, nomeadamente se levarmos em linha de conta que vivemos num país a rondar os 10 milhões de habitantes. Há, infelizmente, o reverso da medalha. Os dirigentes. Não se pode, obviamente, generalizar, até porque nos clubes amadores há homens exemplares, cujo esforço merece medalhas, mas há episódios que nos lembram facilmente que demasiadas vezes eles são o elo mais fraco (ou mais feio…) no futebol profissional.

O triste processo de entrega de listas para as eleições na Liga, as mil e uma manobras de bastidores, o enredo Seara-Rangel e as visíveis alianças e contra-alianças, umas motivadas pela ânsia de poder, outras pelos direitos televisivos, deixam-nos apenas uma certeza. São poucos, muitos poucos, os presidentes em Portugal que estão preocupados com o futebol. Seja o espetáculo ou até o negócio. A ideia é ter armas para vencer mais vezes do que os outros e a forma é coisa que não interessa. Os fins legitimam os meios. É perante um olhar afastado sobre tudo isto e somando ao facto o que são os enormes passivos dos três grandes – uma vergonha num país intervencionado pela troika e em que os passivos bancários obrigaram os portugueses a pagar como nunca – e as dificuldades de todos os outros, que percebermos que há muita gente a governar-se com o desporto que amamos e poucos a defendê-lo. Infelizmente, vença Mário Figueiredo ou Fernando Seara, nada de novo chegará dali. O primeiro já mostrou ao que vinha, tendo como único objetivo atacar a Olivedesportos de Joaquim Oliveira, como se estivesse ali a causa de todos os males. O segundo, tendo passado os últimos anos a defender apenas uma cor num canal de televisão nacional, fica por perceber-se como pode ser garante de isenção ou objetividade. Quase dá vontade de rir. Mas pior, tem por trás outros interesses, no fundo, antagónicos aos de Mário Figueiredo. Benfica e FC Porto, para não ficarem para trás, estão representados nas duas listas, não vá o diabo tecê-las. O Sporting ficará orgulhosamente só. Infelizmente, em Portugal há coisas que não mudam. O lixo espalhado por aí é uma delas.