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Homens que se assumem

26 Maio, 2014 803 visualizações

Na edição de hoje de Record pode ler entrevistas com dois homens dos que seguram uma equipa. Luisão e João Moutinho, sendo fisicamente tão diferentes, são iguais na capacidade de luta e vontade de vencer que exibem dentro e fora de campo. E quando falam merecem que lhes demos a devida importância. O primeiro, no Brasil, tem várias declarações de uma lucidez que vai faltando aqui e ali a muitos dos que nos governam e que ontem, apesar de fortemente castigados, nada parecem ter aprendido. O central brasileiro assume o papel vital de Jorge Jesus nas conquistas do Benfica esta época e não poderia ser de outra forma. Quando se fala nas conversações do treinador com o AC Milan e conversas com vários clubes internacionais, o capitão defende a continuidade e garante que o técnico é dos que fazem a diferença.

João Moutinho, em conversa exclusiva com António Magalhães, revela ambição comedida para o Mundial. E, sem medo, assume que Ronaldo é importante mas que há um grupo de 23 para o ajudar a ele e Paulo Bento a ganhar jogos. É coisa que muita gente parece esquecer na hora das vitórias. A importância das formiguinhas. Pavões há muitos, craques de qualidade como Cristiano, muito, muito poucos, mas sem terem ao lado quem trabalhe nenhum brilharia tão alto. Moutinho é um daqueles homens que marca poucos golos, aparece poucas vezes na linha da frente, mas depois de CR7 é provavelmente o jogador mais importante da Seleção Nacional. É o pulmão, a visão, a capacidade de trabalho e o espírito de sacrifício reunidos num só. É verdade que Coentrão é essencial na fantasia e Pepe na combatividade, mas este pequeno-grande jogador tem tudo isto e mais alguma coisa. E sabe agradecer ao Sporting, numa reconciliação que lhe fica bem.

Tiago foi questão lançada várias vezes antes da final da Champions. Muita gente acordou para a qualidade do médio após o excelente trabalho de Simeone no Atlético. Curiosamente, não houve alminha que se lembrasse disso na caminhada para o Brasil ou antes de o argentino fazer dele um dos elos da equipa que surpreendeu o Mundo. Estranho é desejá-lo na Seleção após a renúncia em 2011. O apuramento era feito com Veloso, Moutinho, Meireles, Micael e quejandos, e depois vinha o colchonero ao Mundial? O que faria ao grupo? O que pensaria quem andou a correr em Israel e Azerbaijão? Premiar um homem que, por egoísmo (respeitável, mas egoísmo), preferiu abandonar o país para se dedicar à carreira em Espanha era… giro. Em Portugal até poderia acontecer, pois mérito e trabalho é coisa pouco respeitada. Mas com outro selecionador.