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Se em casos como o do filho de Carlos Martins vimos no futebol uma face de solidariedade que não deixará de tocar o mais empedernido, infelizmente, são muitos os momentos em que o jogo da bola told..." /> Evitar o pior de nós - Lado B - Record

Lado B

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Evitar o pior de nós

10 Janeiro, 2014 897 visualizações

Se em casos como o do filho de Carlos Martins vimos no futebol uma face de solidariedade que não deixará de tocar o mais empedernido, infelizmente, são muitos os momentos em que o jogo da bola tolda o cérebro e o clubismo leva a melhor sobre a educação e a presença de espírito. No dia seguinte ao enterro de Eusébio a saga dos cachecóis nas redes sociais foi um bom exemplo de como uma só imagem, sem informação, sem legenda, sem nada que pudesse levar a saber o que ali se passava, levantou em muitos que a viram as piores dúvidas e levou a interpretações do pior mau gosto de ambos os lados da barricada. Foram precisas poucas horas para que a morte de uma pessoa que diz muito a tantos portugueses e aos outro merece pelo menos respeito, para que o verniz estalasse e se dissesse o pior sobre os emblemas vermelho e verde sem ponta de razão. O comunicado certeiro vindo da Luz fez corar de vergonha muita gente.

Na jornada que arranca hoje far-se-á novo teste de civismo. O dérbi do Minho será o primeiro. Entre duas claques que não se podem ver e o ódio semeado pelos respetivos dirigentes, o Sp. Braga-Vitória de Guimarães tem demasiadas vezes episódios tristes. Um comportamento decente na homenagem a Eusébio e mais ainda durante todo o jogo refrescaria a fé num futebol melhor e até neste 2014 que vai assistir à primeira jornada de Liga.

A coisa segue-se no Estoril. Saberão as claques leoninas demonstrar o mesmo respeito exibido por Bruno de Carvalho e toda a estrutura do Sporting, exemplar na forma como estiveram presentes no adeus ao Pantera Negra, apesar das relações difíceis entre os dois clubes e o sabido desaguisado em redor do craque? É legítimo acreditar que sim, apesar de serem muitos os que aproveitam os fins de semana para libertar a bílis que guardam perante um país que os maltrata. Essa, diga-se, devia ser usada noutros locais e em circunstâncias diferentes, mas essas são contas de outro rosário.

No clássico há quem espere o pior. Há até quem mande calar os adeptos, como se as reações das massas fossem coordenadas por ordens de serviço vindas de cima. É óbvio que Pinto da Costa e restante séquito saberão portar-se à altura. Bonito seria que os homens de Madureira fizessem o mesmo. Seria uma estalada de luva branca em quem teme e até deseje a arruaça.

Mal por mal, continuem a julgar tudo e todos apenas nas redes. Cá fora será tudo mais são com um pouco de bom senso. Basta evitar o pior de nós que por vezes o futebol teima em trazer ao de cima.