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Lado B

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Realidade aumentada

31 Outubro, 2013 849 visualizações

É evidente que as palavras de Blatter sobre Cristiano foram infelizes. Passando por cima do facto de o presidente da FIFA ter perdido boa oportunidade para estar calado em relação às suas preferências, o teatrinho que se seguiu ainda foi mais penoso. No entanto, a reação não deixa de parecer desmesurada. Não a do jogador português, que tem todo o direito a responder como bem entender. Ou mesmo a FPF, que faz bem em vir defender o que é hoje visto por muitos como o melhor jogador português de todos os tempos. Daí às declarações políticas e quejandos, já cheira a aproveitamento mediático, de quem devia estar mais preocupado com o triste estado a que se deixou chegar este país do que com a honra de Ronaldo, até porque ele a sabe defender muito bem. Questões de guiões menores. O da reforma do Estado e de quem o gere.

Foi Jesus quem o confirmou: o plantel está todo às ordens, à exceção de Salvio, que tem para mais alguns meses. Tempo de ver se o clã sérvio recupera já o protagonismo perdido com as lesões ou se o técnico vai continuar a apostar em quem segurou o barco até aqui. Matic sabe que tem lugar garantido. Já Fejsa, Sulejmani, Djuricic e Markovic têm de recuperar o estatuto perdido. Muito do sucesso da época encarnada passa pela forma como conseguir rentabilizar o talento contratado. Veremos também se todos cumprem as expectativas ou se há craques que chegaram inflacionados. Têm Jesus e os jogadores a palavra.

O Sporting continua numa corrida de medidas populares para encher o olho ao adepto. Comportamento inteligente, desde que continue a ser apoiado de forma consistente pelas vitórias. Importa não cair, no entanto, nos erros de presidentes anteriores, que governaram apenas para quem se sentava atrás das balizas e acabava, muitas vezes, também às suas mãos. Há na liderança leonina muito saber sobre o que sentem as pessoas que estão domingo após domingo nas bancadas. Mas é preciso governar para todos os que lá vão e não apenas para os grupos organizados. O discurso inflamado às vezes vira-se contra os feiticeiros. Como se viu.

O que aconteceu no Dragão foi muito grave e devia ser investigado até às últimas consequências. Como assumia a procuradora Maria José Morgado há pouco tempo, as autoridades não têm sabido combater convenientemente a violência no desporto e têm fechado muitas vezes os olhos aos adeptos criminosos. Os tais “casuals” que espalharam o terror na alameda do Dragão em Inglaterra estariam já identificados e detidos. E por cá também, se alguém quisesse fazê-lo.