Obrigado Michael!
Michael Phelps retirou-se e seguiu as pisadas dos grandes campeões, ele que será, pelo menos, um dos maiores de sempre do planeta Terra. Sim, se um dia competíssemos nuns Jogos galácticos o norte-americano dificilmente deixaria de estar entre os nossos representantes. Não entro na discussão se é o melhor da história. Uma coisa sei. Quem acredita que os números não mentem tem no nadador que nos deliciou ontem pela última vez o mais perfeito dos atletas. Para sempre? Veremos. Para nós, que tivemos o privilégio de assistir aos seus feitos, será sempre especial.
Escrevia Mark Spitz, outro nome grande dos magos olímpicos, que se Phelps não tivesse tirado um ano sabático e se focasse apenas nos treinos logo após Pequim, o seu domínio teria voltado a ditar somente ouro. Acredito. Pela forma como Phelps se mostrou em Londres e também porque não há nada como beber sabedoria nas palavras de quem sabe.
Assumo que o mais medalhado de sempre me encanta por ter decidido descansar um pouco depois da chuva de ouro na China. Mais ainda ao anunciar o adeus após nova demonstração de magia nas piscinas da capital inglesa. Phelps mostra ser humano, não apenas mais uma criação de laboratório, das muitas que nos vão desiludindo ano após ano, fazendo cair nas ruas da amargura a crença de que é a superação e o talento que fazem a diferença de quatro em quatro anos.
Ao dizer adeus nas vitórias, o mais incrível nadador que alguma vez vi admite não apenas que sabe qual a sua hora, mas também que é tempo de viver. Ser atleta de alta competição, exibir a velocidade, coordenação, capacidade competitiva e a força para além da compreensão que Phelps ainda demonstra é actividade de escravo, que faz, provavelmente, com que Michael, o nome mortal que exibe, não tenha tido grande vida nos últimos 12 anos. Olha, diverte-te e vai dizendo coisas. Nunca te esqueceremos. E obrigado por tudo!
