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A principal dúvida que se colocava perante a lista de Godinho Lopes nas eleições do Sporting prendia-se com a solidez e solidariedade entre pares. A saída de Luís Duque da liderança do futebol em r..." /> Leão não gosta de ser feliz - Lado B - Record

Lado B

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Leão não gosta de ser feliz

22 Maio, 2011 758 visualizações

A principal dúvida que se colocava perante a lista de Godinho Lopes nas eleições do Sporting prendia-se com a solidez e solidariedade entre pares. A saída de Luís Duque da liderança do futebol em rutura com o presidente e com a estrutura diretiva mostra que as reticências colocadas tinham razão de ser. O homem escolhido para mudar a SAD não se dá bem em trabalhos de equipa e não gosta de partilhar responsabilidades. Pretende tudo feito à sua maneira. Já o presidente quer mandar mesmo e não ser deixado à parte nas decisões. Ambos têm razões válidas para defender os seus pontos de vista e acabam, curiosamente, por ter mesmo razão do seu lado. Perdem-na ambos também porque tudo isto deveria ter sido devidamente esclarecido antes de iniciarem o processo de restruturação do clube, tão maltratado nas duas últimas épocas. É difícil entender uma rutura assim em pleno período de preparação da próxima temporada e quando todo o plano do futebol tem de estar já delineado e no momento a ser executado. Não quero alongar-me em considerações sobre jogos de bastidores ou episódios que as duas partes deixarão agora sair cuidadosamente cá para fora. Porque a única certeza é que a perder fica o Sporting, um emblema onde mora um leão que não gosta de ser feliz.

Com a saída de Duque torna-se obrigatório a Godinho Lopes segurar Carlos Freitas, reforçar-lhe os poderes e tomar uma opção: ou assume pessoalmente a pasta do futebol, com os riscos inerentes, ou encontra alguém com quem o diretor-desportivo esteja disposto a trabalhar e empossa rapidamente a nova dupla. O futebol leonino não pode esperar nem um minuto.

É que não é muito difícil perceber o que pensarão agora os jogadores que acreditavam estar prestes a viver uma nova vida em Alvalade, os adeptos que votaram no regresso de Duque ou mesmo Domingos, sem saber se as coisas mudaram mesmo após a saída de Bettencourt. Um sinal urge.

PS – Duque que ontem se ia embora parece que hoje já não vai. O futebol português tem destas coisas.