V. Guimarães: uns criam, outros transformam
Pimenta Machado diz hoje no Record que não se revê com uma gestão que em vez de criar hipoteca.
Compreendem-se as dores do homem que durante 24 anos liderou o enorme V. Guimarães e que quando saiu do clube deixou um património assinalável: um centro de treinos pago e um estádio remodelado e do clube. Também deixou um passivo de 8 milhões de euros mas esse passivo no espaço de sete anos cresceu para números que já se aproximam dos 30 milhões de euros.
Desde que saiu, o tipo de gestão do Vitória foi essencialmente uma gestão “anti-Pimenta Machado”. Entende-se. O peso do passado era enorme.
Mas os resultados foram pífios.
O clube, tirando aquela época em que foi 3.º por obra e graça do mago Cajuda, perdeu estatuto e hoje vê-se obrigado a continuar a hipotecar o seu património e a viver de adiantamentos que mais tarde vão fazer falta.
Emílio Macedo deixou o clube numa situação muito complicada. À borda do abismo. A nova direção tem uma missão difícil e vai ser obrigado a apostar na prata da casa.
Pimenta Machado, esse, permanece como figura tutelar. Agora que passa mais tempo na cidade de Guimarães, onde em Julho vai inaugurar um hotel de charme, o presidente que fez do Vitória um clube temido e apetecível vai estar mais perto e mais atento à vida do clube.