Golpes nos estádios
Tive a felicidade de ler este clássico da literatura portuguesa em 1.ª mão e é com prazer que verifico hoje que mesmo quem nasceu depois do lançamento deste livro de Marinho Neves já o leu ou sabe o lá se contava.
Vem isto a propósito do que se passa nos estádios portugueses que nos custaram couro e cabelo, a propósito do Euro 2004, como todos sabem uma empreitada projetada pelo filósofo José Sócrates, e muito concretamente no Estádio da Luz, onde continuam a voar placas.
O adiamento do Benfica-Sporting foi algo que se impunha. A medida de evacuar o estádio até tardou um bocadinho. Como todos sabem, Sthepanie, não a do Mónaco, estava de visita oficial a Portugal e um pouco por todos o país voaram telhados, caíram árvores e derrubaram-se vedações.
No fundo estamos em pleno inverno.
O que não estava no programa era agora este choradinho de alguns sportinguistas a propósito de um pretenso fair-play em não reclamar a vitória no jogo.
É quase a mesma coisa que culpar a chuva pelo aumento de impostos e o vento pelas multas de trânsito.
Mas é mesmo assim. Vale tudo, até porque estamos quase no entrudo.
Só faltou mesmo o Papa vir a terreiro meter o bedelho. Mas como estava muito vento provavelmente não saiu de casa ou então foi tomar café com o Fernando.