Lopetegui: «Se não fosse basco seria cigano»
Esta madrugada, algures entre Vale de Lençóis e a Montanha Onírica, aconteceu isto.
BnA- Boa noite, Julen.
JL – Boa noite, Geninho.
BnA – Desculpa incomodar-te mas queria saber o que se passa com o Quaresma.
JL – Não passa nada.
BnA – Então tiveste-o ontem a aquecer durante 45 minutos…e não entrou.
JL – Foi para assustar o Lille. O treinador deles só perguntava ao adjunto: “Se não mete o Quaresma é porque nem precisa dele para nos ganhar!”
BnA – 'tou a ver que temos aí mais um técnico de mind games.
JL – (risos)…mas ainda tenho de comer muita boroa para ser como o Miguel Leal!
BnA – Não te esqueças do que disse Cervantes, que a profissão dos ciganos é a mentira…
JL – Mas não é com a verdade que nos enganam?
BnA – Julen, vê-se logo que é basco!
JL – Eskerrik asko.
BnA – Não tens que agradecer. Tenho uma grande admiração pelo vosso povo, um dos mais antigos, se não o mais, da Europa. Nem as legiões vos conquistaram.
JL – Somos especiais. O meu pai era levantador de pedras.
BnA – É o que eu digo. Por isso, imagino, não tens qualquer receio quando metes o carro na garagem todas as noites?
JL – Não sou eu que o estaciono. São 3 amigos do Ricardo. Não me largam a porta.
BnA – Mas como é: vais dar-lhe uma oportunidade?
JL – Duas coisas já lhe garanti: lugar no autocarro e no banco.
BnA – Bem, amigo, tu lá sabes…
JL – Não te preocupes. Se não fosse basco, seria cigano.
BnA – Arte Hurren! Dá cumprimentos à sogra do presidente.