OS SEGREDO DE VILLAS-BOAS…E NÃO SÓ (com vídeo e actualizado)
O treinador do FC Porto teve a fineza de, na conferência de Imprensa de hoje, sábado, ter referido o meu nome para negar o sentido de algumas das afirmações que lhe atribui no Record de hoje. “Infelizmente, a conferência devia ter sido aberta para que eu fosse bem entendido”, referiu a propósito da palestra que deu, sexta-feira, na Fundação Cupertino de Miranda, no Porto, durante um congresso dedicado às doenças do fígado dos desportistas, organizada pelo Hospital de S. João. Palestra que iria decorrer como todas as outras, ou seja, com a presença de jornalistas na sala. O próprio Villas-Boas estava convencido que assim seria mas ordens que presumo superiores determinaram o fecho da palesta aos jornalistas, face ao embaraço da organização. Ora, acontece que o jornalista do Record tinha um trabalho para fazer e se Maomé não pode ir à montanha, que venha esta até Maomé. A sala estava cheia e obviamente não foi difícil obter um testemunho das palavras de Villas-Boas, que nunca é citado directamente nas páginas do Record. Admito que o sentido de algumas das suas afirmações – nomeadamente quando se referiu a José Mourinho como alguém que tira tudo aos seus colaboradores para maximizar situações e não por ser apologista de uma estratégia de confronto – possam ter divergido do sentido original mas apenas porque como todos sabem quem conta o que ouviu ou acrescenta ou tira um ponto. O jornalista fez simplesmente o seu trabalho e não apenas com base num testemunho mas em vários. Ficamos à espera, então, do tal dia em que André Villlas-Boas vai poder usar o discurso directo não apenas a propósito das baboseiras do costume a propósito dos jogos de futebol. Quer-me parecer que é essa a sua vontade. Veremos se esta consegue sobrepor-se à das forças que vêem na Comunicação Social um elemento hostil apesar de terem bastantes exemplos de fidelidade canina no sector.