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Bola na Área

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Portugal está pior que o Boavista

6 Abril, 2011 764 visualizações

Amanhã, no “Record”, podem ler uma reportagem sobre o Boavista na qual o seu presidente, Álvaro Braga Júnior, afirma que o país consegue estar numa situação mais difícil que o popular clube do Bessa. Ao contrário do clube que para muitos não é mais que uma rotunda, a economia e as finanças portuguesas entraram num tal plano inclinado que não tardará muito a arrastar os mais diversos sectores produtivos para a lixeira. O futebol não vai escapar. Apesar da sua excelente performance europeia e no plano das exportações, o futebol português vai, como diz o povo, comer por tabela. Se até aqui já foi olhado de esguelha por uma classe política que apenas se interessa pelo fenómeno com o objectivo de conquistar votos, a partir de agora terá de não apenas caminhar sozinho, independentemente do seu papel social, como também de pagar a crise.

Sempre quero ver como reagem os donos da bola. Já se viu que o presidente da Liga não consegue juntar os presidentes dos clubes mais poderosos e que o presidente da FPF não consegue sequer fazer aprovar os estatutos.

Ou seja, uma atividade altamente produtiva como é o futebol avança para a crise sem qualquer estratégia comum. Não é isso que interessa. Mais uma vez o êxito imediato lança areia sobre os grandes problemas de fundo. Os passivos crescem, as vendas milionárias não serão eternas e a longa noite que aí vem para todos nós acabará também por fazer mossa naquele que devia ser o sector produtivo-bandeira de Portugal.

Por favor digam-me se para além do futebol e do alterne há outro qualquer sector da nossa economia que ocupe mesmo a vanguarda do seu segmento, quer em resultados desportivos, quer, sobretudo, na valorização de ativos, quer também na promoção da imagem positiva de um país.

Mas, infelizmente, o nosso futebol continua a ser dominado por caciques com graves problemas de miopia e que se contentam com os pequenos triunfos pessoais, numa espécie de vã glória de gozar que hoje nem sequer tem piada.

Como cantou Régio, estes filhos de deus e do diabo só sabem que não vão pelo caminho da congregação de esforços, pelo cerrar de fileiras.

O abismo está cada vez mais perto.

Falta apenas dar o tal passo em frente, como dizia João Pinto…