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Nas duas últimas jornadas, Artur Soares Dias, o sucessor natural de Pedro Proença na arbitragem europeia de elite, foi atingido por um dos grandes flagelos do futebol moderno, vestindo a pele de b..." /> Árbitros continuam a ser a desculpa mais fácil - Bola na Área - Record

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Árbitros continuam a ser a desculpa mais fácil

27 Setembro, 2015 1275 visualizações

Nas duas últimas jornadas, Artur Soares Dias, o sucessor natural de Pedro Proença na arbitragem europeia de elite, foi atingido por um dos grandes flagelos do futebol moderno, vestindo a pele de bode expiatório da incompetência de equipas que gastam milhões e que não conseguem traduzir para o terreno esse mesmo valor.

No Dragão e no Bessa, Benfica e Sporting, respetivamente, perderam pontos e o resultado lógico foi um virar de batarias para o árbitro da partida. Como não houve problemas técnicos para destacar, o foco esteve no critério disciplinar.

Alguns dirigentes do nosso futebol, que arrastam uma legião de serventes com funções que mereciam outra dignidade, ainda não perceberam que o tempo do cafezinho do árbitro na casa do presidente dois dias antes de um jogo ou de uma lauta mariscada patrocinada após uma partida já acabaram.

A nova geração de árbitros, de que Artur Soares Dias é um dos bons exemplos e uma referência reconhecida sobretudo no estrangeiro, já não precisa destas coisas!

Obviamente, os erros não acertam todas as decisões que tomam durante um jogo. Ok. Mas o problema está agora centrado não nas decisões mas nas não decisões. Esta perspetiva bizarra funciona e enche papel.

Resta aos árbitros deixar que a caravana passe. Sei perfeitamente que Artur Soares Dias seguirá o seu caminho. Quanto àqueles que o criticam, começo a ter as minhas dúvidas…

A que acrescento esta observação pertinente de António Carlos Valera, um dos eminentes arqueólogos da nação, também ele atento ao fenómeno do ludopédio:

Não é por ser mais fácil que a explicação é necessariamente incorreta. É que sofrer as consequências dos erros que eu cometo não pode ser equiparado ao sofrer as consequências dos erros que outros comentem. É por isso que existe o conceito de indemnização. Os jogadores erram, os treinadores erram os árbitros erram. Mas uns erram em causa própia e os outros em causa alheia. E esta diferença já deveria ter feito perceber aos agentes desportivos (onde se incluem os comentadores) que não se podem colocar par a par os erros de jogadores, presidentes, treinadores e os de árbitros. Por mais que errem, os visados têm sempre o direito a queixar-se dos erros dos árbitros, porque estes são supostos representar a justiça do cumprimento das regras. Se são humanos e erram, então que se invista no auxíio à minimização desses erros (o que não se percebe que no futebol não se faça). Mas qualquer equipa tem o direito a ganhar jogando pessimamente se o jogo, sem interferência da arbitragem, isso proporcionar.