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A vitória do Benfica em Moreira de Cónegos reavivou uma campanha que já estava lançada: a do favorecimento do Benfica pelas arbitragens. É algo que se entende. O campeonato encaminha-se para o seu..." /> Principal adversário do Benfica chama-se “campanha” - Bola na Área - Record

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Principal adversário do Benfica chama-se “campanha”

23 Fevereiro, 2015 1010 visualizações

A vitória do Benfica em Moreira de Cónegos reavivou uma campanha que já estava lançada: a do favorecimento do Benfica pelas arbitragens.

É algo que se entende.

O campeonato encaminha-se para o seu fim e o campeão nacional continua na frente e com lastro.

Agora, contabiliza-se e hiperboliza-se tudo. A começar pelo número de jogos que o Benfica terminou com mais um elemento. Seria de bom tom também contar o que aconteceu com os concorrentes diretos…

Sendo o Benfica uma equipa que normalmente domina os seus jogos, perante adversários que têm de recorrer muitas vezes a faltas, não será pelo menos compreensível que essa vantagem se verifique algumas vezes?

Quanto ao que aconteceu em Moreira de Cónegos, discute-se que o primeiro golo do Benfica nasceu de um canto que não devia ter sido marcado pois no lance que lhe deu origem Salvio simulou penálti. Como as imagens rapidamente esclareceram o assunto, passou-se para a fase seguinte: afinal, o jogador do Moreirense nem tocou na bola e, como tal, seria pontapé de baliza.

Fiquei assim a saber que um canto é como um penálti, ou seja, um lance de golo iminente. Estamos sempre a aprender.

Quanto à expulsão do jogador do Moreirense por bocas aos árbitro, também fiquei a saber agora que são coisas normais dentro de um campo de futebol e que os regulamentos não são para cumprir à letra. Não é propriamente uma surpresa num país onde todos os que podem fogem ao cumprimento das suas obrigações (eu incluído).

Está o Benfica a ser favorecido pelas arbitragens? Não sei responder a esta pergunta. O que sei é o que vi. Pinto da Costa a defender o sorteio dos árbitros!

O primeiro dirigente português a defender o sorteio dos árbitros foi Pimenta Machado, sob o argumento de que não deixavam o V. Guimarães ser grande pois a troika controlava o sector. O sorteio já foi um facto, tanto com a arbitragem na FPF como na Liga. Não deu grandes resultados.

Mas porque pede Pinto da Costa o sorteio dos árbitros? O próprio fez subentender a resposta. No essencial, o FC Porto não está propriamente preocupado com o resultado das arbitragens dos jogos do Benfica mas com as nomeações de árbitros para os jogos do Benfica. No Dragão haverá a perceção não de que o Benfica escolhe os árbitros para os seus jogos mas de que escolhe os árbitros que não quer para os seus jogos. Falta saber se é só o Benfica que faz isto…

Os dirigentes desportivos portugueses sempre tiveram a sensação de ter os árbitros na mão. A história, mesmo a recente, dá-nos conta disso. Os clubes sempre tiveram elementos destacados para “controlar” a arbitragem e o Sporting até já mostrou o que fazia no tempo de Dias da Cunha, embora sob o argumento de que se estava apenas a defender do controlo que outros faziam…

O que é notável é quase todos continuarmos a entender que os árbitros não podem errar, que os comentadores são todos isentos e que os dirigentes defendem uma arbitragem pura e limpa.

Eu, por exemplo, quando olho para uma bancada e vejo lá o pai do árbitro com o cachecol de um clube que está a disputar o jogo não faço juízos de valor. Não me ponho logo a pensar que o cachecol foi emprestado pelo filho.