FPF reconhece direitos do Boavista
A direção da FPF mais uma vez mandou para canto uma decisão por maioria da Liga de Clubes. E bem!
Confirma-se a FPF como força de bloqueio das intenções de alguns clubes profissionais que se movem por interesses apenas particulares, olhando para a árvore e desprezando a saúde do parque florestal.
Ao contrádio do que possa parecer, esta decisão não vem pr em causa e uma empatia que se deseja entre a direção da Liga e a direção da FPF. Uma coisa foi a decisão da maioria dos clubes (reintegração do Boavista e alargamento já na próxima época), outra são as opções estratégicas que Mário Figueiredo e Fernando Gomes estão obrigados a cumprir. Acabou o tempo da rebaldaria e da guerra fria.
Folgo em saber que as direções da Liga e da FPF estão em sintonia, esquecendo guerras antigas. O futebol português bem precisa desta união e, sobretudo, de empatia entre os seus principais agentes, na certeza de que a tutela finalmente despertou e está disposta a entrar em campo.
Por outro lado, o Boavista embora não seja reintegrado na próxima época viu pela primeira vez a direção da FPF reconhecer-lhe os seus direitos. Ou seja, o de ser reintegrado na 1.ª Liga e, por consequência, o de ser reparado em função de pelo menos cinco épocas num sítio onde nunca devia ter estado.
Para o Boavista, esta não é uma decisão ótima mas é uma boa notícia. O clube terá agora um ano para fazer os acordos necessários com os credores e com o Estado e para preparar o regresso com outro suporte.
Por isso, o que aconteceu hoje não foi uma derrota do Boavista e muito menos um empate. Foi uma vitória. Esta pela certa.
A democracia dos clubes acabou, mal ou bem. Manda agora quem pode. Vai obedecer quem tiver juízo.