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A questão da segurança nos recintos desportivos está na berra mas não é o único problema. Sobre o que acontece nos estádios, o mal está feito e será muito difícil consertá-lo, a partir do momento ..." /> Benfica: perigo na auto-estrada - Bola na Área - Record

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Benfica: perigo na auto-estrada

1 Março, 2013 601 visualizações

A questão da segurança nos recintos desportivos está na berra mas não é o único problema.

Sobre o que acontece nos estádios, o mal está feito e será muito difícil consertá-lo, a partir do momento em que até as claques desportivas foram legalizadas pelo Governo. Enquanto as claques organizados continuarem sob proteção estatal, o futebol jamais voltará a ser um desporto para as famílias.

Na parte que me toca não me convidem para ir ao estádio com a minha família correndo o risco de levar com uma cadeira na cabeça ou de ter encontros imediatos com esses grupos de rapazes comandados por profissionais da arruaça.

Mas deixemos por ora de lado o que se passa nos estádios e concentremo-nos no que se passa a caminho dos estádios.

O que aconteceu ao Benfica após o recente jogo de Braga é apenas mais um exemplo. Os bandidos legalizados e os grupos que à volta dele gravitam desenvolveram há muito tempo o desporto olímpico do lançamento de calhaus em viadutos.

O povo português, à conta disto, disponibiliza uma panóplia de meios para que as equipas sejam minimamente protegidas e o insólito de podermos ver o autocarro do Benfica, aqui fotografado pelo meu colega Luís Vieira, a rodar na faixa da esquerda rodeado de viaturas policiais e sem que fosse possível ultrapassá-lo. Há ruas do Iraque com muito menos aparato.

Não é possível quantificar quanto gastamos em meios policiais por causa desta espécie de “jihad” que acontece sobretudo depois dos grandes jogos e que tem por alvo autocarros.

Já vivi uma experiência dessas no dia em que acompanhei a minha equipa e tive de voltar no autocarro dos adeptos levando com pedras em quase todos os viadutos à saída de uma conhecida cidade que agora também é notícia a propósito de incidentes com adeptos.

O que se costu ma dizer depois deste tipo de incidentes é algo do tipo “um dia ainda vai morrer alguém”.

O problema é que já morreu alguém esta época. Em Braga, na sequência de uma emboscada a um autocarro dos Super Dragões, poucos dias depois de adeptos do FC Porto terem varrido tudo o que estava à sua frente nas imediações do Axa.

Há lei para este tipo de elementos que vão ao futebol não propriamente para ver a bola mas sim para andar à porrada. Mas se já foi aplicada em Portugal a verdade é que ninguém sabe onde e com quem.

E depois se a polícia carrega e toca nos meninos, aqui d'el rei, que “biolência”!

Portanto, já sabem: nada vai mudar nas auto-estradas portuguesas depois dos grandes jogos. Estejam por isso atentos à agenda desportiva e passem bem ao largo quando tal for necessário, na certeza de que mais cedo ou mais tarde parte da fatura da polícia irá aparecer lá em casa para todos pagarmos. Todos, bem, nem por isso: apenas os portugueses que declaram o que ganham, que gostam do futebol pelo espetáculo e que nem por isso deixam de ser potenciais alvos dos “pedrados” que se sentem tão confortáveis quando o assunto é futebol.

Bem, mas mais perigoso continua a ser aterra na Madeira, tal como hoje documentou o árbitro Marco Ferreira, que estava no aeroporto do Funchal à espera de ligação para o continente…