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Manuel Serrão é o que podemos chamar um homem do Norte. Conheço-o relativamente bem e aprendi a estimá-lo. Há muitas coisas que mudam com o passar dos anos mas o portismo do Manel é que não. É um ..." /> — ler mais..

Manuel Serrão é o que podemos chamar um homem do Norte. Conheço-o relativamente bem e aprendi a estimá-lo. Há muitas coisas que mudam com o passar dos anos mas o portismo do Manel é que não. É um ..." /> Serrão passou-se dos carretos - Bola na Área - Record

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Serrão passou-se dos carretos

27 Março, 2012 1433 visualizações

Manuel Serrão é o que podemos chamar um homem do Norte.

Conheço-o relativamente bem e aprendi a estimá-lo. Há muitas coisas que mudam com o passar dos anos mas o portismo do Manel é que não. É um daqueles adeptos ferrenhos que vibram com os feitos e que o defendem de forma apologética nos mais diversos fóruns. Um dos últimos é o programa “Prolongamento” da TVI, onde na passada 2.ª feira teve um verdadeiro ataque de nervos na forma de ameaças aos jogadores do FC Porto que ganham milhões no caso de voltarem a repetir o que aconteceu em Paços de Ferreira. Se não conhecesse o Manel, até podia pensar que estava a falar a sério e que ia passar das palavras aos atos. No entanto, Serrão tem de ter cuidado com estas coisas pois está a falar para milhares de pessoas e pode estar a instigar os piores atos. “Ou os jogadores que ganham milhões vencem os próximos jogos ou vão ter problemas”, disse o Manel. Para já, validou a tese de que é preciso apertar com os craques. Uma tese que não é inédita ali para os lados do Dragão, onde a claque principal já teve luz verde para invadir um treino e onde um treinador acabou com o seu carro quase incendiado à saída do centro de treinos, para não falar nas marcações às zonas noturnas que os jogadores mais gostam de frequentar.

 

Perante o espanto de Seara e de Barroso, Serrão tratou ainda Melgarejo por Percevejo. Várias vezes.

De resto, o programa tentou esmiúçar os lances polémicos da jornada mas este foi claramente o mais divertido de todos:

Outro portista que muito estimo é o José Fernando Rio e aqui deixo, pescada no FB, a sua análise à jornada

As 5 conclusões que importa retirar da 24ª jornada da I Liga:

1. O FC Porto tinha a obrigação de ter vencido o Paços de Ferreira.

Uma equipa ambiciosa e motivada não fica à espera de um resultado ou à mercê de uma jogada fortuita. Uma equipa ambiciosa e motivada contrói o seu destino!
O Slb tinha tido mais um espalhanço na sexta-feira, frente à Olhanense, e o Braga só jogava na segunda-feira. Na jornada seguinte estas duas equipas defrontam-se no estádio da luz.
O FC Porto, ganhando ao Paços de Ferreira, aumentava a distância face ao terceiro classificado, mantinha o segundo a uma distância segura e controlada e assistiria a esse jogo, depois de ganhar à Olhanense no Dragão, com a certeza de que veria a sua posição reforçada, fosse qual fosse o resultado.
Ao não ganhar em Paços, o FC Porto perdeu a vantagem psicológica e pontual que daí adviria e viu a liderança fugir-lhe. Valha-nos, ao menos (!), que continuamos a depender apenas de nós próprios para revalidarmos o título de campeão nacional. Ganhando os seis jogos que faltam, o FC Porto é campeão!

2. O FC Porto não ganhou mas podia ter ganho em Paços de Ferreira.

A exibição que o FC Porto apresentou em Paços de Ferreira teve momentos e aspectos positivos: a equipa não entrou com a lentidão habitual, logo na 1ª parte dispôs de ocasiões para marcar (Lucho, Hulk, Janko (este com duas oportunidades, uma das quais embateu no poste) e na segunda parte dispôs de mais meia dúzia de oportunidades para fazer o 0-2 e matar o jogo. O duelo protagonizado por Hulk e Cássio foi intenso. Foi pena que só por uma vez a bola tenha entrado na baliza por ele defendida. Hulk merecia mais… Por outro lado, o FC Porto nunca permitiu grandes veleidades ao Paços, que apenas usufruiu de duas oportunidades na área azul e branca (ao contrario do massacre que tinha acontecido duas semanas antes) e que chegou ao empate no aproveitamento de um erro crasso da defesa portista.
O último dos protagonistas foi, mais uma vez, o senhor do apito. Hulk aparece isolado na área pacense após jogada e passe brilhante de João Moutinho, dá um ligeiro toque na bola tirando Cássio da jogada, este, vendo a bola passar e não podendo fazer mais nada para evitar o golo, abalroa Hulk, derrubando-o e impedindo-o de concretizar a jogada. Pénalti claro! O árbitro, com visão perfeita da jogada, vê o que mais ninguém vê e decide que Hulk simulou uma falta e mostra-lhe o cartão amarelo. Inacreditável. E inaceitável.

3. O empate acaba por se justificar pelos seguintes motivos.

Falta de eficácia no ataque: o FC Porto volta a criar muitas e muitas oportunidades de golo mas apenas concretiza uma.
Com isso, nunca matou o jogo e permitiu que, numa jogada fortuita, o Paços chegasse ao empate.
O golo do empate resultou de um erro defensivo: Melgarejo sobe sozinho na área do FC Porto e cabeceia sem qualquer oposição para o fundo das redes de Helton (existiu uma situação igualzinha na 1ª parte, aí a bola foi parar às mãos de Helton). O FC Porto tem sofrido muitos golos de bolas paradas. É necessário corrijir estas jogadas, sendo que facilita ter o melhor central em campo e no seu lugar (neste jogo estava castigado).
Após sofrer o golo do empate a reacção do FC Porto tinha de ser enérgica, determinada e asfixiante. Não vimos nada disto. Os jogadores não souberam reagir.
Mais uma vez ficou por marcar uma grande penalidade a favor do FC Porto, e só na segunda volta já são CINCO! Não são pénaltis duvidosos: são faltas claras e ocorridas em jogos que os dragões acabaram por não vencer. Por hoje esqueço as que ficaram por marcar em todos os outros jogos desde o início do campeonato e que também tiveram relevância em alguns resultados finais.
No FC Porto não queremos ganhar campeonatos na secretaria, nem com favores, e assumimos as nossas culpas, mas se as faltas existem, elas são para marcar!

4. O Slb empatou e parece uma banda sem maestro. Cada um toca para o seu lado.

Depois de mais uma escorregadela, desta vez em Olhão, cada um resolveu tocar o seu fado:
JJ mergulhou mais uma vez num mar de desculpas, desculpas, desculpas e ainda… mais desculpas! Incapaz de olhar para mais longe do que o seu próprio umbigo, não conseguiu visualizar a exibição paupérrima da sua equipa: sem chama, alma, atitude e sem qualquer nexo que pudesse ligar o futebol da equipa.
Aimar, grande artista!, decidiu que ía tentar enganar toda a gente. Esqueceu-se (ou não sabe) que isso é impossível. Até pode enganar 6 milhões, mas 10 milhões não engana de certeza. A agressão é tão óbvia que até o jornal “A Bola” e os seus especialistas dizem que houve agressão e que a expulsão é justa e plenamente justificada.
Luís Fílipa Vieira também resolveu falar e, na minha opinião, bem! Depois de uma exibição daquele calibre, era necessário ir ao balneário e puxar as orelhas aos meninos mal comportados e ao professor que não anda a dar boas aulas.
Por fim, tivemos o João. O João falou e falou bem! Até eu concordo com ele. Com o conteúdo, não com os termos usados! É óbvio que a classificação do campeonato está adulterada: se os árbitros errassem menos, o FC Porto não tería 57 pontos mas sim 64. Obrigado, João, por vires ajudar à reposição da verdade desportiva.

5. O campeonato tem um novo líder!

O Braga, ao vencer a Académica por 2-1, assumiu a liderança isolada da I Liga.
Na minha opinião, nada mais justo!
Obtendo a 13ª vitória consecutiva, o Braga dispõe da maior arma dos campeões: a regularidade!
Não faz deste campeonato uma montanha russa de resultados.
Ao encarar cada jogo com seriedade, disponibilidade e vontade de vencer, já leva feito meio caminho para a vitória.
São liderados por um treinador sério, competente e nada espalhafatoso. E têm na frente o líder dos melhores marcadores do campeonato. A isto some-se a 2ª melhor defesa e o 2º melhor ataque e temos o primeiro lugar justificado