Jesus lava as mãos como Pilatos
Hoje, numa entrevista a A BOLA, Jorge Jesus utiliza uma táctica a que podemos chamar “perder por poucos”.
Compreende-se a atitude defensiva do treinador do Benfica (confesso que pensei que nesta altuta já seria o ex-treinador do Benfica): tem muito mais a perder que a ganhar na próxima época.
Diz Jesus que o Benfica na última época “foi vítima do seu sucesso”. Aqui estaria uma boa manchete mas esta foi: “Vamos ser mais fortes”. Atente-se: JJ já não diz “vamos ser campeões”, diz apenas que o Benfica vai estar melhor.
Sintomática ainda a reacção de JJ á pergunta “sente-se apoiado?”.
“Por quem?”, atirou quem considera que o português “é um bocadinho traiçoeiro”. Não era preciso dizê-lo, todos que o ouvem já perceberam isso.
Ficamos ainda a saber que Felipe Menezes, Airton, Kardec e Éder Luís, todos jogadores indicados por Jesus, não falharam – apenas “não se conseguiram afirmar”.
Quanto a Nuno Gomes, “ele acabava o contrato e temos um miúdo, o Nelson Oliveira”.
A fechar a entrevista, o melhor:
“Quando terminar o contrato com o Benfica, vou seguramente ficar em Portugal”.
Paulo Bento e Villas-Boas que se cuidem!