TIRO AO ROBERTO
Terminado o Mundial, voltamos todos a nossa concentração para as incidências da pré-época. Convenhamos, um assunto muito mais empolgante…
O tema do momento tem ROBERTO como sujeito. Confesso que não dedico o meu tempo, precioso, de férias a ver jogos das nossas principais equipas contra formações secundárias alemãs ou holandesas. Mas fui tão bombardeado, nas minhas passagens pela net, pelos comentários aos frngos “do guarda-redes mais caro da história do Benfica” que fui tentar perceber o que lhe tinha acontecido.
Confesso a minha perplexidade.
A procissão ainda vai no adro e já querem o cristo crucificado. Um jornal fez mesmo uma abertura de páginas com os comentários dos adeptos encarnados sobre Moreira, reclamando uma oportunidade para o segundo guarda-redes do Benfica.
Eu sei do que estou a falar e até sou capaz de dar um desconto aos meus colegas que acompanham os estágios: o assunto é um bem escasso, ao contrário do espaço em branco.
Quer-me parecer, mais uma vez, que se está a olhar para as pré-temporadas com excesso de zelo. Nunca mais me esqueço que o FC Porto campeão europeu em 87 perdeu, salvo erro, oito jogos de preparação para a nova época.
Quanto a Roberto, meus amigos, se está no Benfica tem também de se preparar para ser guarda-redes do Benfica, mesmo quando o que está em causa é aquela posição do tal jogador que não tem jeito para o futebol e que, como tal, acabou debaixo dos postes. Enquanto estiver sob eles, tudo bem. O pior mesmo é quando se deixa pendurar nos mesmos pelos precipitados do costume.
Quero crer que tudo isto não passa de fumaça.