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Duas derrotas seguidas e um jogo sem marcar golos. De repente, a “máquina” benfiquista deixou transparecer que, tal como qualquer outra, também tem problemas, dificuldades e períodos de menor rend..." /> Olhos de ver - Record

Olhos de ver

A hora da verdade para o Benfica

21 Fevereiro, 2012 0

Duas derrotas seguidas e um jogo sem marcar golos. De repente, a “máquina” benfiquista deixou transparecer que, tal como qualquer outra, também tem problemas, dificuldades e períodos de menor rendimento. Quando já muitos consideravam que a questão do título estava tratada e que a eliminatória da “Champions” com os russos do Zenit não passava de uma mera formalidade… as dúvidas apareceram.

Se em São Petersburgo ninguém pode apontar o que quer que seja à formação da Luz – os erros existentes foram mais do que compreensíveis face às adversas condições em que se disputou o encontro -, em Guimarães o Benfica não jogou aquilo que sabe e pode. Mérito para o Vitória e para o seu treinador (paulatinamente vai mostrando ter argumentos para sonhar com uma cadeira mais apetecida), mas também culpa própria das águias que, provavelmente ainda na ressaca da dura deslocação ao Leste, começaram o jogo à espera que algo caísse do céu.

E se os encarnados acreditavam que uma qualquer dádiva dos deuses seria suficiente para somar os 3 pontos, foi num lance aparentemente inofensivo, um remate à meia volta e sem muita força, que os locais conseguiram o único golo do encontro. Aí estava a primeira derrota na Liga para o Benfica.

Como Jorge Jesus fez questão de realçar logo no “flash interview”, este deslize, na essência, não alterou muito, pese o FC Porto ter passado a depender também só dos seus resultados para renovar o título. Por agora, embora só com 2 pontos à maior, continuam a ser as águias quem lidera, tem vantagem e surge em posição mais favorável para terminar a longa maratona de 30 jornadas na frente.

O problema é que ninguém sabe como é que o conjunto benfiquista vai reagir a duas partidas com resultado negativo. Olhando para o calendário acredito que o Benfica será campeão se vencer os três próximos jogos da Liga (Académica e Paços de Ferreira, fora, com o clássico com o FC Porto, em casa, pelo meio). No entanto, basta ganhar apenas dois e perder com os dragões e tudo poderá ser diferente. Para tornar o momento mais delicado, quatro dias depois da recepção aos azuis e brancos e cinco antes da viagem à Mata Real, a equipa encarnada tem de bater, na Luz, o Zenit para seguir para os quartos-de-final da Liga dos Campeões.

Continuo a considerar que este Benfica tem capacidade suficiente para responder de forma positiva à delicadeza do momento – ainda por cima sabendo que diante dos seus adeptos as águias têm tido um aproveitamento notável esta época -, mas também admito que mais dois deslizes podem transformar aquilo que há semanas parecia talhado para ser uma temporada de sucesso… num mar de desilusão. Mas, naturalmente, o futebol é isto mesmo. E ainda bem!

PS – Não entendi a razão de Jorge Jesus ter demorado uma eternidade a fazer as segunda e terceira substituições em Guimarães. Se a equipa estava a perder não faria sentido tentar, mais cedo, qualquer coisa?

PS 1 – Tenho dificuldade em vislumbrar o que se passa com Saviola. Compreendo que o argentino tenha perdido a titularidade face ao melhor rendimento de alguns companheiros de sector, mas custa entender que, de repente, o experiente avançado não sirva sequer para ser suplente utilizado quando é preciso marcar golos.

PS 2 – O plantel encarnado é vasto e possui soluções de elevada qualidade mas, para além da óbvia debilidade no posto de lateral esquerdo (Emerson não deveria ser mais que uma segunda escolha para o lugar), parece inequívoco que quando falta Javi Garcia… falta muita coisa.

?Ressuscitados? ajudam Sá Pinto

17 Fevereiro, 2012 0

Operar uma chicotada psicológica em vésperas de uma jornada internacional é, por si só, uma opção bastante discutível. Mas, contrariando o que é normal, foi isso que o Sporting fez. Dando de barato que a saída de Domingos era tão obrigatória quanto necessária (continuo a considerar que o problema, podendo passar pelo ex-técnico, não começava nem terminava aí), tenho dificuldade em aceitar que mudar de timoneiro a escassas horas do arranque de uma eliminatória da Liga Europa seja uma ideia muito sensata, até porque pode, desde logo, queimar algum do capital de confiança que o novo responsável hipoteticamente terá (e neste caso tem mesmo) junto da maioria dos adeptos. Adiante.

Pese a delicadeza da situação, Sá Pinto teve – ao mesmo tempo – a sorte de não encontrar no compromisso europeu um adversário de topo. O Légia, com dois ou três futebolistas de boa qualidade, é uma equipa com escassa expressão fora de portas. Não estou a tentar dizer que a formação polaca é fraca, apenas a realçar o facto de ser um conjunto mediano, que tem como único objectivo “uefeiro”… chegar até onde der, sabendo, de antemão, que o seu limite será sempre distante da final.

Os leões, como já se previa face ao momento pouco famoso do ponto de vista desportivo e às péssimas condições climatéricas, não fizeram uma exibição de encantar. Longe disso. Mas, no final, sairam ilesos do gelo de Varsóvia. Com sorte à mistura, é verdade, mas também muito por culpa da forma abnegada como a equipa lutou até ao derradeiro instante.

Sá Pinto, sobre quem não tenho dúvidas em relação aos conhecimentos (tenho, e muitas, no que se refere ao temperamento e à falta de experiência), foi certeiro e inovador na hora das substituições. E tendo em conta o resultado das mexidas, creio que Carriço e André Santos ganharão espaço na equipa de Alvalade nos tempos mais próximos. A esse propósito acrescento que não entendi o súbito “desaparecimento” dos dois nas contas de Domingos. Nunca fui daqueles que colocaram os dois atletas nos píncaros, mas jamais entendi que, de repente, tenham passado de promessas quase realidades a… elementos menos que secundários, tradicionalmente suplentes… dos suplentes. O médio, recentemente, até atrás do “desconhecido” Renato Neto (titular contra o FC Porto dias depois de ter sido resgatado aos belgas do Cercle) se encontrava.

O “ressuscitar” de gente da casa pode ser um trunfo importante para o arranque da era Sá Pinto em Alvalade. Resta saber se a aposta é para continuar. Para já… acredito que sim.

PS – O Sporting é consideravelmente mais forte que o Légia. E o empate na Polónia abre boas perspectivas para a segunda mão. No entanto, convém recordar que o Sporting tem, historicamente, uma queda muito particular para esbanjar em casa o que de bom consegue no exterior. Todos os cuidados serão poucos.

PS1 – As derrotas caseiras de Sp. Braga e FC Porto, diante Besiktas e Manchester City, deixam pouca margem para a reviravolta. Os minhotos foram traídos por uma expulsão evitável e pelo facto de os turcos possuirem uma verdadeira legião de portugueses entre eles. Basicamente… sabiam tudo dos arsenalistas. Quanto ao FC Porto, que teve muitos contratempos no duelo com os ingleses, deve queixar-se essencialmente de si próprio. Da equipa que ganhou a Liga Europa da época passada faltam um Hulk imparável, os golos de Falcão, a motivação de todo o conjunto e um treinador capaz de ajudar por fora. Com Vítor Pereira, como sempre defendi, os dragões irão deixando escapar as suas hipóteses de sucesso até, quem sabe, não restar uma única. Pinto da Costa lá sabe…

PS2 – O Benfica, debaixo de uma temperatura a rondar os -15 graus, perdeu (2-3) na Rússia, diante do Zenit, na Liga dos Campeões. Tudo fica em aberto para a segunda mão. Contudo, acreditando que as águias vão seguir em frente, convém destacar que a ausência de Aimar será um problema complicado de ultrapassar. De resto, o FC Porto também “só” precisava de bater, em casa, esta equipa para se manter na “Champions” e… acabou eliminado.

Tragico-comédia leonina

13 Fevereiro, 2012 0

Não estou particularmente surpreendido com a saída de Domingos do Sporting. Já estou habituado a que, em Alvalade, aconteçam coisas difíceis de entender. E salvo raras excepções, seja no reino do leão ou em outro qualquer, a vítima preferencial dos maus resultados é sempre o treinador. Porém, sendo certo que o técnico errou várias vezes (não conheço um único que faça tudo bem, nem José Mourinho que para muitos é infalível), parece-me evidente que, neste processo, estão a atirar-lhe para cima das costas responsabilidades acima do devido.

Domingos é um treinador sério, competente e que já provou ser capaz de fazer “omoletas” de qualidade desde que tenha bons “ingredientes” à disposição. No entanto, não creio que seja mágico ou algo do género. Quando, vezes sem conta, apelou à serenidade – nomeadamente no período em, por causa de umas quantas vitórias normais, alguns já viam o clube a ganhar tudo o que era competição e, a curto prazo, a atacar o poderio internacional de colossos como o Barcelona ou Real Madrid -, o treinador não estava com medo de assumir responsabilidades. Estava, isso sim, a avisar os mais distraídos para uma realidade evidente: o plantel para a actual temporada era consideravelmente melhor que o anterior mas, naturalmente, estava a léguas do potencial de Benfica e FC Porto.

O Sporting versão 2011/12 não é tão forte quanto por aí se chegou a dizer, da mesma forma que não é tão mau quanto agora se tenta fazer crer. Tinha era condições para, com calma, evoluir de modo a, daqui a uns meses, poder apresentar-se mais perto da capacidade dos rivais históricos. Só que nos gabinetes verdes e brancos mora, invariavelmente, gente sem visão, pouco ou nada preparada para gerir um clube que, por estes dias, não deve funcionar como empresa, mas também não pode ser visto apenas e só como instituição desportiva. Sócios e adeptos precisam, quanto antes, de compreender que os destinos leoninos não podem continuar a ser entregues a pessoas bem falantes, trajadas a rigor, com ar aristocrático mas que, na essência, só contribuem para o avolumar dos problemas e nunca para encontrar soluções.

Todos os anónimos da família leonina têm o dever de, em definitivo, impedir que o clube continue a sua lenta marcha para o declínio. Obstar a que o poder passe de mão em mão entre os denominados notáveis é capaz de ser um bom começo para a recuperação desportiva e financeira. É que, está fácil de ver, também não é com Godinho Lopes que a coisa vai ao sítio. Este é o presidente que, horas antes de despedir Domingos, garantia de viva voz que a saída do técnico não se colocava. Que significa isso? Mudou de opinião em escassas horas? Foi demovido pelos restantes dirigentes e não logrou impor-se enquanto líder? Mentiu? Seja qual for a resposta, esta é só mais uma demonstração da sua tremenda incapacidade para recolocar o clube de Alvalade no trilho certo ou, pelo menos, para dar maior credibilidade a um clube que, na actualidade, só tem de grande o passado e a massa adepta. É que a este episódio do afastamento de Domingos, deve juntar-se, por exemplo, a conversa da suposta gravação das graves palavras de Luís Filipe Vieira no dia do dérbi na Luz ou a mal contada autorização internacional para a colocação de imagens de gosto duvidoso nos corredores do estádio.

O Sporting, tecnicamente falido, é também um clube desportivamente à beira do abismo. E nem a aventual vitória na Taça de Portugal será suficiente para animar quem quer que seja. Falhar a presença na Liga dos Campeões será simplesmente catastrófico. Contudo, mesmo tendo noção disso, os seus dirigentes optam por despedir o treinador nesta altura, numa fase em que todos deviam tentar remar para o mesmo lado. O desnorte é evidente. Tanto que oferecem o cargo de treinador principal a Sá Pinto, técnico sem experiência e alguém que, quando debaixo de stress, costuma resolver os assuntos… ao murro, inclusive a quem defende a mesma cor!

PS – Dispensar Domingos em vésperas de disputar a primeira mão de uma competição europeia é só mais uma alucinação dos dirigentes leoninos. Quando menos se espera… têm sempre algo na manga para nos surpreender. Se isto não fosse sério, até dava para rir.

Kevin com pouco… Love

5 Fevereiro, 2012 0

Uma das estrelas emergentes na NBA não joga numa equipa com passado recheado de sucessos, nem sequer vive numa cidade que faça agitar os Estados Unidos. No entanto, sem favor algum, Kevin Love é um dos nomes do momento, sendo quase obrigatória a sua presença no “All-Star Game” de Orlando (26 de Fevereiro), bem como nos Jogos Olímpicos de Londres. Porém, se basquetebolisticamente falando o líder dos Minnesota Timberwolves não deve nada a ninguém, o mesmo não se pode dizer quando se avalia a sua conduta profissional. O gesto maldoso (pisadela propositada) perante o argentino Luís Scola, dos Houston Rockets, provocou uma onda de indignação entre os adeptos e só um verdadeiro milgare poderá fazer com que o poderoso jogador (exímio lançador e ressaltador) não seja punido de forma dura pela Liga, muito provavelmente com jogos de suspensão e multa pecuniária. Mas, veja o vídeo, e diga se acredita no atleta que alegou não ter reparado no corpo do adevrsário…

Inter-Palermo: show dentro e fora do campo

2 Fevereiro, 2012 0

O embate de quarta-feira entre o Inter de Milão e o Palermo, respeitante à 21.ª jornada da Série A italiana, foi verdadeiramente espectacular, conforme se antevê facilmente quando se sabe que o “score” final foi 4-4. Mas, se em San Siro, foram as exibições de Diego Milito e Fabrizio Miccoli que encantaram (confira no primeiro vídeo), quem sintonizava o canal 7 Gold, na tranquilidade da sua casa, também viu um “show” notável. Tem dúvidas? Então veja o segundo vídeo…