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É difícil escrever sobre o caso Slimani sem temer pelo futebol português. Porque se trata de algo sintomático e onde temos dificuldades em encontrar alguma coisa bem feita. É óbvio que o jogador de..." /> Lado B - Record

Lado B

Slimani ou quando está tudo errado

14 Abril, 2016 0

É difícil escrever sobre o caso Slimani sem temer pelo futebol português. Porque se trata de algo sintomático e onde temos dificuldades em encontrar alguma coisa bem feita. É óbvio que o jogador devia ter sido punido pela agressão a Samaris. E a imagem que passa ao ser absolvido é que dureza compensa. Mas isso está longe de ser o único erro em todo este triste caso.

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Benfica esteve muito perto do sonho

O Benfica merecia mais. Mais do jogo, mais do árbitro, mais sorte no confronto da 2.ª mão na Luz. A equipa de Rui Vitória podia e devia ter saído de Munique com um empate, o que lhe abriria melhores perspetivas de chegar às meias-finais da Champions, algo que parecia impossível antes do jogo na Allianz Arena mas está provado não ser missão para Tom Cruise.

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O jovem talento leonino… e CR7!

12 Abril, 2016 0

Record juntou cinco dos jovens talentos da formação leonina que trabalham com Jorge Jesus e hoje pode saber o que pensam os miúdos do treinador que Bruno de Carvalho contratou para mudar a face do clube. Os elogios são muitos, o que é normal nestas coisas, mas também a confissão da exigência e da muita sabedoria futebolística de um dos mais marcantes treinadores do futebol português nos últimos anos. Não acontece muitas vezes termos a oportunidade de saber o que pensam alguns jogadores menos utilizados e que procuram um lugar ao sol no plantel. É engraçado verificar que cada um, à sua maneira, está a tentar tirar o melhor desta experiência com Jesus. É o fantasma da falta de aproveitamento da formação que em Alvalade se quer fazer evaporar. Ele não desaparece apenas com boas intenções ou palavras, mas com os atos. Mas se há jogador que parece desmistificar esta ‘perseguição’ a Jesus é Rúben Semedo. Sentou Ewerton e Paulo Oliveira. Algo que parecia impossível e tudo assente apenas no talento que JJ lhe reconhece.

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Olhar a vida e a morte de frente

11 Abril, 2016 0

O terror não ganhou. O Bélgica-Portugal não se realiza mas trocam-se as voltas e eis que nasce um Portugal-Bélgica quando menos se espera. É preciso fazer frente a criminosos que nos tentam dar ordens através da barbárie em nome de um deus alimentado a sangue. Todos temos de nos adaptar a novos tempos. Se a improvisação for a saída, então vamos a isso.

Ainda assim, é melhor não acreditarmos em tudo o que ouvimos. A França garante um Europeu seguro. Dava vontade de rir se não fosse a sério. Com a atual crise de valores e guerra suja que se vive em todo o Mundo, garantias são coisa que ninguém nos pode dar. O que é necessário é assumir que a nossa vida não pode ser gerida por assassinos estúpidos que estão dispostos a morrer para nos atacar. E combater isto.

 
Nos últimos dias voltou à ordem do dia um nome que me diz muito: Quinito. Um homem diferente dos de ontem e dos de hoje. Um espírito livre que de momento é prisioneiro da crueldade que às vezes a vida nos reserva. Nesta edição, para quem não sabe de quem se trata, um breve retrato de um treinador marcante do futebol português, não só pela ideia de jogo positivo que sempre defendeu, mais ainda por uma personalidade que não deixa(va) ninguém indiferente. É impossível ter um argumento suficientemente forte para fazer Quinito voltar à vida. Pai de três filhos, compreendo-o. Daqui apenas um abraço do ‘Quinta do Bill’, admirador para sempre.

Patrick Morais de Carvalho responde hoje a Rui Pedro Soares em entrevista Record. É difícil perceber onde está a razão quando se digladiam dois presidentes numa guerra quase sem quartel. Fácil de perceber é que o maior prejudicado é o emblema. Clube e SAD deviam, claro, ser um só. Mas o Mundo moderno tem destas coisas. Saber viver com elas é preciso. Vital mesmo.

 

Texto publicado em Record Premium e na versão impressa a 24 de março de 2016

A importância de ganhar sem saber como

8 Abril, 2016 0

O Benfica conseguiu no Bessa uma das vitórias mais felizes que arrancou na Liga. Não apenas por ter sido já no tempo de compensação, mas ainda porque os encarnados não fizeram uma boa exibição. Estiveram a anos-luz do que é exigido a quem quer segurar a liderança. Ela não fugiu porque as soluções no plantel são muitas. Uma é mesmo mais solução do que outras: Jonas.

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Joga-se muito mais do que futebol

7 Abril, 2016 5

Está a ser uma época difícil para todos. Benfica, Sporting, FC Porto, árbitros e também para nós jornalistas. Não me lembro de clima de guerra maior entre os dois clubes de Lisboa desde o verão quente, mas na altura o poder das respetivas máquinas de propaganda não tinha nada a ver com o que é hoje. A quantidade de informação ‘suja’ que chega às redações é absurda. E torna-se cada vez mais complicado fazer em tempo real o trabalho que a qualquer jornalista que se preze é obrigado: confirmar a informação com mais do que uma fonte. O trabalho é dificultado também pelo surgimento de sites mais ou menos fidedignos que nada têm a ver com jornalismo mas que escrevem tudo o que lhes vem à cabeça, ou é soprado, e assim fazem as delícias dos mais fanáticos como se de notícias confirmadas se tratassem. Pior, gente com responsabilidade e que devia ter outro comportamento diz hoje barbaridades nas televisões como se tudo fosse verdade. Uns dirigentes, outros representantes de outras profissões mas que falam de futebol e dos seus bastidores como se de tudo soubessem. O pior é que não só não sabem como a maior parte das vezes representam apenas uma das ‘verdades’ a que temos direito. São estas personagens que enchem hoje as tv’s e a isto estamos entregues, ainda que com honrosas exceções.

No Record não estamos à venda. Não somos o jornal do Benfica, Sporting ou FC Porto. Talvez por isso sejamos diariamente acusados de trabalhar a soldo deste ou daquele. Porque aqui é possível ler várias opiniões, contrárias muitas vezes, de companheiros que trabalham juntos e se respeitam na diversidade. O respeito pelos três grandes clubes é enorme, assim como por todos os agentes do desporto português. E ninguém está imune à crítica. Nem ao elogio, acredite.

 

Texto publicado em Record Premium e na versão impressa a 16 de março de 2016

Milagres que se vão fazendo por cá

5 Abril, 2016 0

Texto publicado em Record Premium e na versão impressa a 16 de fevereiro de 2016

Justa e moralizadora. Eis duas palavras que se podem utilizar sobre a vitória do Benfica frente ao Zenit, equipa de investimento milionário que ontem caiu na Luz. Verdade que os russos jogavam contra o facto de estarem sem liga e logo com menos ritmo do que a formação portuguesa, mas não foi só isso que ajudou a esbater a enorme diferença de muitos milhões entre as equipas. Os clubes nacionais têm conseguido ao longo dos anos brilharetes na Europa que os milhões tentam evitar. Não há maneira de evitar o facto de sermos um país periférico, onde o investimento não abunda e com um mercado reduzido, que faz com que as somas libertadas para o futebol não se comparem a potências como as cinco grandes ligas europeias e a que outros aspirantes novo-ricos vieram juntar-se. Ontem foi com Jonas, descoberto a preço de saldo em Valencia, o inimitável Gaitán e o miúdo Renato que o Benfica enganou uma equipa onde jogam, por exemplo, ex-águias como Garay, Witsel ou o ‘rival’ Hulk. Não chegou. Ainda bem. Sabe melhor assim.

É óbvio que o apuramento está longe de garantido, mas ganhar sem sofrer golos na Liga dos Campeões é sempre bom. Obriga o Zenit a sair mais do que desejaria na 2.ª mão e potencia o momento mais forte do Benfica, as transições, jogando no erro do adversário. Razões de satisfação para Rui Vitória e toda a estrutura encarnada. E depois há os milhões da Champions. Vitais para a saúde dos cofres da SAD.

Estranho Salvio na bancada. O argentino foi convocado de surpresa com o FC Porto. Mereceu mesmo a entrada no clássico para tentar inverter a derrota. Foi chamado à conferência de antevisão do jogo onde disse que trabalhava para ser titular. Bancada? Algo falhou. Ou a comunicação chocou com as ideias do técnico, ou o físico. Tentar perceber o quê nos próximos dias.