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Se um dérbi é sempre algo imprevisível, um dérbi jogado no início de época torna-se ainda mais difícil de ler. As equipas estão em processo de construção, sem que os reforços estejam verdadeirament..." /> — ler mais..

Se um dérbi é sempre algo imprevisível, um dérbi jogado no início de época torna-se ainda mais difícil de ler. As equipas estão em processo de construção, sem que os reforços estejam verdadeirament..." /> Lado B - Record

Lado B

Um dérbi fresquinho

31 Agosto, 2013 0

Se um dérbi é sempre algo imprevisível, um dérbi jogado no início de época torna-se ainda mais difícil de ler. As equipas estão em processo de construção, sem que os reforços estejam verdadeiramente integrados e há muitas variáveis que se intrometem no jogo. Não que defenda a velha teoria de que quem ganha é quem está pior. Os últimos anos desmentem-no facilmente. Mas com Leonardo Jardim a tentar fazer de um grupo de jovens talentosos e ambiciosos uma equipa e Jesus a construir a versão 4.1 de um Benfica que pretende sempre ganhar tudo, o confronto que poderia ser desigual devido à clara diferença de munições à disposição de ambos torna-se mais equilibrado.

 

Em Alvalade, o arranque goleador surpreendeu até os adeptos mais crentes. A liderança que tinha andado arredada durante tanto tempo faz maravilhas pela confiança de um clube que Bruno de Carvalho tenta endireitar depois de tantas malfeitorias. Mas por muitas manobras financeiras bem-sucedidas ou por bem que se arrume a casa, nada devolve o sorriso a um fã como a vitória fim de semana após fim de semana. Liderar a liga, então, é a delícia suprema. É neste estado de euforia coletiva que os sportinguistas enfrentam o dérbi. Acredito que não a equipa. Jardim saberá manter os pés assentes na terra a quem joga e mesmo os jovens leões estarão cientes da diferença de valia entre os dois plantéis. Não há dúvida é que a pressão maior está do lado oposto. De quem gasta milhões e apenas devia admitir a conquista do título. Um eventual empate ou derrota do Benfica coloca uma diferença pontual importante entre águias e dragões quando a coisa ainda mal começou.

 

Na Luz aparece Cardozo como a cura para todos os males. Tacuara é nome com marca registada no clássico lisboeta e capaz de marcar a qualquer momento, como Rui Patrício bem sabe. Mas o desespero comunicacional de Jesus em relação ao tema demonstra como o técnico encarnado está apertado após o início de época titubeante. A defesa não se encontra, o meio-campo produz mas ainda trôpego e o ataque parece órfão, apesar de Lima ter qualidade reconhecida. Tudo porque Vieira e Rui Costa demoraram eternidades a resolver um caso que devia ter sido sanado no dia seguinte à derrota no Jamor. Ou também porque há muita gente no plantel do Benfica que esperava hoje jogar noutras paragens. Há coisas piores do que viver em Lisboa com ordenados milionários. Cabe a Jesus meter juízo naquelas cabeças. E uma vitória no dérbi pode passá-lo de besta a bestial num instante. O futebol é lindo. Por tudo isto e mais alguma coisa.

Medalhas-6

30 Agosto, 2013 0

Ouro – Ribéry

O internacional francês é peça fulcral do Bayern ganhou um galardão apetecido. Merece os parabéns e não há duvida de que é craque. Mas Ronaldo e Messi…

 

Prata – Luís Leal

Simboliza o triunfo do Estoril e consequente passagem à fase de grupos da Liga Europa. E que belo tiro deu no primeiro golo. Bem os de Marco Silva!

 

Bronze – Cardozo

As declarações de Jesus sobre o paraguaio humilham o técnico e são medalhas para o jogador. Na hora do aperto já é trunfo no baralho. Tem golo…

 

Lata – Jesualdo Ferreira

Uma eliminação inesperada e que tem custos desportivos, financeiros e provavelmente na relação com António Salvador. Terá de fazer muito internamente.

Vem aí mais uma…

28 Agosto, 2013 0

…intervenção baseada em negócios. A opinião pública devidamente intoxicada e mais um ataque das “forças do bem” a um país soberano. E tudo está bem quando acaba como as grandes corporações desejam. Tão triste. Mas hoje o Mundo é isto.

Medalhas-5

Ouro – Deco

Uma carreira brilhante e o empréstimo do seu talento à Seleção Nacional fazem com que o adeus mereça todos os elogios. O craque deixa saudades.

 

Prata – Santos

As coisas estavam a complicar-se quando o magnífico cabeceamento de Santos deu mais uma vitória ao Sp. Braga. Numa palavra: decisivo.

 

Bronze – Diogo Rosado

Chega a Setúbal um dos grandes talentos da sua geração. Está na hora de mostrar sob pena de vir a perder-se para sempre. Qualidade não lhe falta.

 

Lata – Bruma

Falhou a apresentação na Academia e terá ficado triste por integrar a equipa B. Queria o quê? Corre o risco de ficar rotulado como mau profissional…

Erros não são de agora

22 Agosto, 2013 0

Estar já nesta altura a questionar a continuidade do treinador do Benfica só não é sinónimo de ensandecimento porque o processo de renovação de Jorge Jesus foi mal conduzido e levou, juntamente com os resultados do final da temporada passada, a uma erosão que não parecia possível. Ainda assim, basta pensar um pouco para entender que os problemas não se centram apenas na manutenção do técnico e que há muito que tem de mudar se os encarnados querem um dia vir a ter uma estrutura que rivalize com a do FC Porto.

Dia de medalhas

20 Agosto, 2013 0

Ouro – Cristiano Ronaldo

São já 10 anos a espalhar classe na Seleção Nacional, com números impressionantes que vão bater todos os recordes. A face da equipa portuguesa.

 

Prata –  Ricardo Costa

O defesa-central português fala a Record do triunfo alcançado com um golo seu. O capitão do Valencia é um profissional exemplar.

 

Bronze – Dulce Félix

A campeã saiu do Maratona e pode estar a caminho do Benfica. Uma aposta segura para o clube da Luz, pois é uma atleta das que não enganam.

 

Lata – Iker Casillas

O guarda-redes do Real Madrid lida mal com a concorrência e ainda pior com o banco. A piadinha por ser suplente de Diego Lopez era escusada. Mal.

Terá o leão encontrado um matador?

19 Agosto, 2013 0

Não é fácil acertar numa contratação. A mais difícil? A de um matador. É algo que todos procuram e que às vezes nem mesmo com muito dinheiro no bolso se pode ter a certeza de ter acertado na escolha. E no futebol a distância entre o sucesso e o falhanço é tão ténue que ter um homem com faro de golo faz toda a diferença.

Vi no estádio de Portimão os dois jogos do Sporting no Torneio Guadiana. Duas derrotas, uma com o West Ham e a outra com o Sp. Braga. Em ambos os leões foram superiores, em ambos saíram de cabeça baixa. Uma das muitas dúvidas que se me colocava era sobre a qualidade de Montero. A primeira impressão de então? Pisava como jogador. Os movimentos, a forma de receber e tratar a redondinha, faziam lembrar Matías Fernandez, craque de qualidade que ainda espalhou alguma classe em Alvalade. Pior parecia a relação com a baliza. Principalmente no jogo com os arsenalistas, em que sozinho podia ter resolvido o que acabou mal para a sua equipa.

Já tinha feito coisas boas nos restantes encontros, sim, mas nada que fizesse prever a explosão de talento observada ontem em Alvalade, ajudando a reduzir o estreante Arouca a um goleado sem voto na matéria mesmo depois de ter estado a ganhar. O avançado colombiano conhece os princípios do futebol moderno, é rápido q.b., aparece na zona de finalização sem problema e é capaz de recorrer a todos os artifícios para chegar ao golo. Se conseguir repetir muitas vezes exibições como a frente à equipa orientada por Pedro Emanuel, mesmo sem hat-trick, então o Sporting poderá ter encontrado em Montero o homem certo para um lugar complicado. E o jeito sul-americano tem tudo para agradar mais às bancadas do que Wolfswinkel, um holandês que se fartou de marcar e merecia ter recebido mais carinho dos adeptos leoninos.