Se Júlio César tivesse saído à noite para dançar, teria certamente se assemelhado a isto: com sandálias gladiador a marchar sobre um chão axadrezado iluminado.
Depois, robes em mais xadrez, como mosaicos do Herculaneum, E um toque de geometria a cada esquina.
O criador, depois de trabalhar em Hollywood, tem agora uma visão cinematográfica da Moda. Cada peça – talvez uma saia tão rígida como uma corneta a curvar na bainha, ou uma peça de alfaiataria encharcada em cores vibrantes como o laranja ou o lima – pareciam parte de um set de filme modernista.
O designer até referiu a inspiração no cruzamento entre “Guerra das estrelas” e “Barbarella”, e ainda um tributo ao filme de Stanley Kubrick, “2001: Odisseia no Espaço”. Também apontou os maestros dos sixties: André Courrèges e Rudi Gernreich.
Mas o mais intrigante em Fausto é que por todas as duas referências – que remontam até à Antiga Roma – os seus designs parecem rigorosamente contemporâneos.
Os padrões geométricos e superfícies iridiscentes só podiam certamente ser criadas em computador e num mundo digitalizado. Apesar de compararem-no a um jovem Gianni Versace, este era demasiado pré-digital.