“Não é só por ele . também nos ajuda a nós. É refrescante ver o que as outras pessoas estão a fazer”, disse Giorgio Armani, trabalhando na sua nova coleção, enquanto o designer italiano galardoado de ascendência grega Angelos Bratis, apresentava em palco a sua coleção para o verão de 2015.
Era um início promissor para a temporada de Milão, onde o passarinho da juventude ainda tentava fazer ouvir a sua voz.
Angelos Bratis abriu o seu desfile da forma como pretendia continuar: com vestidos moldados e drapeados com aparente à vontade – mas, na verdade, com grande habilidade. Ele transformou pregas gregas em roupas para o século XXI, acrescentando blocos de cor garrida a quebrar as curvas.
“Não sou minimalista – sou purista”, disse Bratis nos bastidores, mostrando no seu quadro de inspirações o trabalho do artista grego Yiannis Moralis, com as suas formas sensuais e até mesmo sexuais.
Bratis pegou no lado sensual, drapeando vestidos, mas quebrando frequentemente a cascata de tecido com painéis de cor subtil, como um azul marinho de tempestade combinado com cinzento e bronze claro. Por breves instantes, houve um salpico de padrões.
Também apresentou peças de joalharia ousadas de Maria Mastori, com as formas serpenteando à volta do pescoço ou criando amuletos.
Os vestidos curtos e drapeados de Bratis pareceram ainda mais convincentes do que os compridos que, com um buraco no braço, pareciam demasiado evocativos de Clitemnestra no palco da ópera.
Feitas as contas, foi um belo desfile, estabelecendo um novo tipo de elegância em Milão. E Angelo Bratis demonstrou os seus agradecimentos por Armani ter apresentando o evento, desfraldando um sinal com as palavras: “Thank you, Giorgio”.