Enquanto Cara Delevingne e as suas famosas sobrancelhas abriam o desfile de Topshop Unique, a mãe da modelo, incentivava-a com um punho no ar a dizer “go-girl!” – e assim estava estabelecido o ambiente para a marca que melhor interpreta a Swinging London do século XXI.
As roupas baratas e coloridas do império global em permanente expansão de Philip Green, são, como diziam as notas do programa, destinadas “a uma cultura jovem britânica que vive para o fim-de-semana”.
Os bomber jackets desportivos e as T-shirts, apresentados como se pertencessem a algum clube desportivo de renda baixa, destinavam-se seguramente a uma viagem cambaleante até casa depois de uma noite de festa bem passada. As malas espaçosas pareciam feitas para levar sapatos rasos e roupas para o local de trabalho.
Embora o tema fosse a praia de Brighton, uma estância à beira mar, o foco desta linha incidiu quase inteiramente sobre vestidos simples para a noite, ou calções de menina com folhos subindo pela parte de trás combinados com top mais generosos. “Folhos” foi aliás a palavra chave para muitos dos vestidos esvoaçantes em chiffon.
Os padrões de salpicos pareciam um piscar de olho aos padrões digitais que já se encontram nas montras. Contudo, havia também vestidos sofisticados que, usados com os acessórios certos, poderiam passar por alta costura no circuito das festas.
A Topshop não se leva demasiado a sério. Mas faz um bom trabalho a criar moda divertida para um mercado de massas perspicaz. Mais importante do que isso, conseguiu entrar nos armários das celebridades: Sophie Turner de Guerra dos Tronos liderou a primeira fila ao lado da atriz Hailee Steinfeld, da cantora Ellie Goulding e da It-girl preferida de todos, Alexa Chung.
Só em Londres se consegue encontrar este tipo de moda a preços baixos, com tanto estatuto que as famosas se gabam de vestir Topshop – e de quanto pagaram pelas suas roupas.
Esta coleção acertou mesmo em cheio.