Escolheria uma carteira Anya Hindmarch decorada com autocolantes em pele como se a sia clutch fosse um cartaz luminoso?

E uma carteira em pele Valextra cujas cores são tão vibrantes que seriam capazes de competir com gomas coloridas?

Ou está preparada para a suavidade, minimalismo, elegância pragmática de uma carteira Desa NineteenSeventyTwo?

Os acessórios que as coleções internacionais estão a propor para a primavera/verão 2015 sugerem que o fator “It” está a desaparecer a favor de uma carteira que lhe agrade.

O hardware de correntes e discos em metal foi praticamente removido – a não ser que considere os dourados medalhões na nova loja Versace, na Galleria Vittorio Emanuele II, em Milãi. Aí, a peça mais estimada é uma coleira para o cão de modo a que o seu animal de estimação também tenha o look Versace.

O diretor criativo da Valextra, Alváro Gonzalez, tem uma queda por cães e a mais extravagante oferta da marca é uma bolsa em pele desenhada para transportar de forma elegante os saquinhos para apanhar o cocó do cão.

De outra forma, o talento do designer seria dar o máximo de uso aos looks minimalistas, como na pochette com uma base que abre em fole e pegas em correntes que podem ser escondidas na carteira para uma saída à noite.

A história de sucesso da Valextra tem sido construída num suave e subtil luxo que é desejado mas moderno.

Desa NineteenSeventyTwo é a linha premium da marca turca, fundada em 1972 pela família Celet. Com esta gama de topo, a empresa deixa que as carteiras falem por si.

A etiqueta Desa NineteenSeventyTwo pode sugerir outro foco no revivalismo da década que estava por todo o lado nos desfiles de Milão. O tema foi de facto os anos 70, e particularmente a cantora francesa Françoise Hardy. Mas essa ideia nunca foi exageradamente explorada.

As carteiras podem ser sobre funcionalidade com elementos de luxo escondidos no interior, mas têm também yma paleta de cores interessantes, como o mango, o púrpura e o verde musgo. Cortes geométricos, com forro em linho, mostraram que desenhos simples ainda podem ter um toque de entusiasmo.

As mulheres estão a ficar mais sábias nas suas escolhas de carteiras e o luxo subtil da Desa está a despertar interesse na clientela.

Em termos de aparato, dificilmente se consegue bater Anya Hindmarch. A sua ideia dos autocolantes esta estação foi um passo natural depois da coleção com marcas de supermercado no ano passado.

Mas à medida que as modelos entravam nos seus fatos espaciais brancos, era a audiência que parecia estar louca. A chávena de chá gigante na qual estávamos sentados começou a rodar com a ajuda de homens vestidos de esqueletos.

Poderia ter sido um carnaval de Veneza ou uma “balada” brasileira. Mas era Anya Hindmarch no seu extremo criativo e inventivo.

E as carteiras? Estão prontas para o seu close-up – com ou sem autocolantes.