“Fico feliz no verão. Gosto da luz, do sol e das cores – é a melhor altura para mim”, disse Roberto Cavalli cá à frente, junto da sua passarela de tábuas de madeira, assemelhando-se a um passadiço até à praia, mas com reluzentes laterais douradas.
“A Luz do Verão” foi o título do desfile e Cavalli iniciou-o com uma mostra de azul piscina, amarelo solar e tons de laranja sumarentos sobre vestidos cheios de padrões. Oh não! Por favor, não vamos voltar à década de 1970 outra vez!
Mas a iluminação de Cavalli foi muito mais subtil do que um jogo de tonalidades. A luz infiltrava-se num vestido de renda branca e emanava de uma mala em pelo branco. Vestidos pretos filtravam luz através de tecidos translúcidos. E a luz era refletida na pele de crocodilo.
Viram-se apontamentos cintilantes em ganga escura ou uma camisa branca contrabalançando ganga azul. Os materiais brancos eram frequentemente estaladiços e tridimensionais com diferentes abordagens à renda.
Talvez seja a paixão de Cavalli pela fotografia de natureza que alimentou uma noção de subtileza e jogos de sombras. Por uma vez, a coleção teria parecido igualmente boa fotografada a preto e branco.