Com todos os looks hippies dos anos 70 a inundar Milão como a tempestade que assola a cidade, Angela Missoni tomou uma decisão inteligente: deixou de parte as camadas e apostou a coleção toda numa camisa.
E não foi uma camisa qualquer, antes uma camisa larga, mascylina com um estampado arrojado, usada com fluidez por cima de um vestido ou saia comprida. Um turbante na cabeça – também em seda estampada – fez lembrar a Hollywood de Elizabeth Taylor. Mas não havia referência óbvia, apenas uma subtil indicação.
Ver os prints Missoni depois de afogar-me em padrões ao longo de toda a temporada italiana é experimentar uma masterclass em estilo. Angela citou Pop Art e as sempre presentes colagens de Matisse. Mas os seus talentos abrangiam das riscas horizontais num casaco-robe às órquideas a solo, o seu lábio curvado colocado estrategicamente no decote de um top bege. Aqula beleza floral era usada com uma saia pintada a linhas de lápis de cor.
Foi corajoso e tão certo levar a Missoni para a frente, recorrendo a cores naturais e frescas como o verde e o rosa concha. O desfile sugeriu que por toda a fama da marca nos anos 70, ela é relevante agora.