Alberta Ferretti é a princesa da fragilidade da Moda. A delicadeza do seu trabalho para a primavera/verão 2015 incluía chiffon nude com folhos tão pequeninos que pareciam que tinham sido criados por mãos de fadas.
As flores vinham em alcovas, com as pétalas distribuídas pelos vestidos. Até o denim, pelas suas mãos, pareciam tão suave como a seda.
Mas o mais intrigante no desfile de Ferretti é o facto do glamour da red carpet ter sido trocado por uma delicada espécie de casual. Novos looks da criadora incluiam fluidas calças em chiffon, ou com franjas de cowboy, como se via nos anos 70.
O que desapareceu foi o que quer que fosse curvilíneo ou justo à silhueta.
Alberta Ferretti não tem nem um pouco de vulgaridade no seu ADN, por isso os seus looks de passadeira vermelha, no passado, foram sempre de bom gosto e cuidados. Mas só a ideia de usar ganga e tratá-la com trabalho de corte mostrou um novo tipo de descontração desportiva. As flores formaram um jardim secreto nos corpetes, sem lúxuria ou sensualidade.
É importante para os criadores seguirem em frente e Ferretti fê-lo com graciosidade. Agora, vamos esperar que a elite cinematográfica sigam as suas pisadas e optem por uma abordagem mais suave no seu dress up.