Os blocos de cor revelados no desfile de Thomas Tait não pertenciam todos ao designer. O nativo do Canadá que venceu o prémio Moët Hennessy Louis Vuitton (LVMH) para jovens talentos, convidou o artista francês Georges Rousse a trazer a sua visão de cor ao edifício pós-industrial chamado The Vinyl Factory.
A colaboração foi intensa, concebida de modo a alinhar o trabalho dos dois criativos. Foi moda vista através do prisma da arte.
Enquanto modelos com vestidos compostos por peças geométricas cuidadosamente montadas passavam por um pilar com uma pintura amarelo-canário, foi como se o plano de fundo e as roupas se fundissem. Até os botins, com saltos semelhantes a bicos de pássaro abertos, eram artísticos. Mas enquanto que o trabalho de Georges Rousse era sólido e imponente, os vestidos pareciam finos e insubstanciais, com quadrados de tecido leve palpitando em vermelho ou amarelo. Parte do prémio LVMH é orientação durante um ano. Após este florescimento de ideias inicial, talvez Thomas Tait possa ser persuadido a trazer mais normalidade às suas conceções gráficas.