Um piano, um contrabaixo e uma bateria – e um público respeitável para este trio musical dirigido pelo ucraniano Dimitri Naiditch.
Primeiro, foram as cabeças de mármore de rostos nobres, colocados como sentinelas em nichos recortados nas velhas paredes em pedra.
Depois as obras de arte do Palazzo Farnese – o maior monumento ao Renascimento de Roma.
Incluíam frisos e estátuas, cujos corpos esculpidos pareciam tremer com o som.
E que música! Uma combinação explosiva de clássica – de Bach a Mozart, passando por Tchaikovsky – e jazz. O imaginativo programa do músico estava no centro de um serão organizado pela LVMH, Moët Hennessy Louis Vuitton.
Por detrás da iniciativa, que teve como cenário um dos maiores monumentos de Roma, esteve Pierre Godé, vice-presidente da LVMH e braço direito de Bernard Arnault há 30 anos.
“Esta noite serve para honrar os nossos amigos e colaboradores em Itália e para homenagear as empresas italianas que são nossas colegas e amigas”, disse o Sr. Godé.
Os convidados da primeira fila incluíam os seus co-anfitriões Pietro Beccari, da Fendi, e Jean-Christophe Babin, da Bulgari.
Houve também um alinhamento de Bulgaris, Fendis (Carla, Silvia Venturini Fendi, que passara o dia a trabalhar na coleção de verão com Karl Lagerfeld e a sua filha Delfina Delettrez, que planeia abrir uma joalharia em Londres).
Estiveram igualmente presentes os Pucci, em família – a Marchesa Cristina Pucci di Barsento com a sua filha Laudomia e o marido desta, Alessandro Castellano.
A alta sociedade romana compareceu a este evento excecional que, apesar de toda a sua grandiosidade, tinha uma doce frescura de verão, com jarros de flores sobre as mesas compridas, a condizer com a arquitetura alongada.
A noite foi de Dimitri Naiditch e dominada pela sua disposição alegre, enquanto alterava entre música clássica e jazz, incentivando os pés a acompanharem o ritmo e até encorajando o público a entoar Tchaikovsky.
A outra estrela foi Michelangelo, cuja visão revista do palazzo, com o seu pátio e localização junto ao rio Tibre, deu aos convidados a oportunidade de saborearem o prato doce no enorme terraço no último piso.
Todas as portas interiores estavam abertas – até para o gabinete do embaixador Alain Le Roy – para que os convidados pudessem apreciar os frescos e o trabalho de Annibale Carracci na galeria Farnese.
Os conglomerados de luxo são frequentemente criticados por lhes faltar alma. Mas a mestria deste serão foi um momento excepcional de puro luxo.