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Olhos de ver

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Jesualdo já foi despedido

2 Novembro, 2010 487 visualizações

Era uma questão de tempo. Jesualdo Ferreira viu, esta manhã, terminada a sua passagem pelo Málaga, deixando o clube espanhol  nos lugares de descida e com o triste registo de ter somando por derrotas as cinco partidas caseiras que disputou para a Liga. Com uma equipa composta por muitos jogadores vulgares e apenas meia dúzia medianos, não surpreende este desenlace, pois todos sabemos que o principal campeonato do país vizinho é disputado por duas formações de “outro planeta” e por várias de qualidade acima da média. O Málaga, claro, não faz parte desses dois blocos. E nem o facto de pontualmente poder alcançar uma classificação digna de realce permite alterar o seu posicionamento relativo. Um clube com esta dimensão (independentemente de ser dirigido por locais ou árabes) só pode pensar em assegurar a permanência. Aliás, aqueles que pensam que é tudo bom no futebol espanhol e mau no português, convém terem presente que este Málaga só por milagre terminaria entre os cinco primeiros na Liga Zon Sagres. Um lugar no “top 8” já seria muito aceitável…

Jesualdo Ferreira, como referi na altura, não merecia ter saído do FC Porto só por não ter sido capaz de ganhar o quarto título nacional consecutivo. O seu percurso no Dragão foi simplesmente brilhante, pelo que podia e devia ter espaço para o erro. Ainda por cima, quem decidiu prescindir dos seus serviços afirma, regularmente, que se Hulk não tivesse sido castigado… o campeonato não teria ido para a Luz. Ora, com uma convicção destas, como é que se resolve deixar cair um treinador que tantas vitórias logrou? Não sei a resposta, embora tenha consciência que o longo consulado de Pinto da Costa regista algumas trocas de técnicos quando nada o fazia prever, inclusive após sequências de sucessos. Esta, basicamente, foi só mais uma. A última até ao momento.

O experiente treinador português teve muito mérito naquilo que conseguiu no FC Porto mas, ainda assim, é justo relembrar que num grande é sempre possível chegar aos títulos. Complicado, para não dizer impossível, é ganhar nos emblemas pequenos ou medianos. Jesualdo nunca o conseguiu em Portugal e, sem surpresas, também não o fará em Espanha. E o pior é que, a partir de agora, dificilmente terá oportunidade de regressar ao comando de uma equipa “a sério”. Posso estar enganado, mas o seu futuro deverá limitar-se a voltar a Portugal para tentar salvar uma das equipas mais aflitas na Liga ou, em alternativa, seguir no estrangeiro, fazendo o percurso da moda (Angola ou Ásia) para muitos treinadores cá do burgo. Em Espanha, ficará apenas conhecido por não ter sido capaz de somar um único ponto em casa e por ter sido humilhado pela “Marca” em vésperas do embate com o Real Madrid de José Mourinho.

PS – Se o despedimento de Jesualdo tivesse acontecido mais cedo, acredito que Paulo Bento não teria sido uma escolha tão unânime para o cargo de seleccionador nacional…