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Muitos dos que visitam este blog não apreciaram a minha opinião sobre o início do “caso Danny”. Houve mesmo alguns que, através de comentários, consideraram que a minha ideia era, única..." /> A operação de Danny - Olhos de ver - Record

Olhos de ver

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A operação de Danny

5 Outubro, 2011 546 visualizações

Muitos dos que visitam este blog não apreciaram a minha opinião sobre o início do “caso Danny”. Houve mesmo alguns que, através de comentários, consideraram que a minha ideia era, única e exclusivamente, desestabilizar a Selecção em vésperas de dois compromissos essenciais para a nossa presença na fase final do Europeu do próximo ano ou, de uma forma mais redutora, causar polémica.

Tenho por princípio aceitar, sem qualquer reserva, todas as opiniões contrárias às minhas. Não sou o dono da verdade absoluta (ninguém é) e, com toda a sinceridade, aprecio quem, independentemente de concordar ou não com os meus artigos/ideias, gosta de pensar pela sua cabeça. Todos devíamos fazer isso: ler, ouvir, interpretar mas, no final, pensar só por nós e não apenas pelo que os outros dizem.

Posto isto, gostava de esclarecer que não tenho qualquer prazer em provocar polémica em torno da Selecção Nacional. Nem na de futebol, nem em outra qualquer. E profissionalmente, ao longo dos anos, já acompanhei várias. Acrescento, inclusive, que sou sempre um adepto ferrenho das várias representações nacionais. Desejo sistematicamente que consigam os melhores resultados possíveis. Acontece que, enquanto cidadão ou jornalista, esse sentimento não faz com que feche os olhos a tudo o que considero errado. E neste “caso Danny”, desde o seu começo, existiu muita coisa estranha. Existiu e, fazendo fé no que leio em várias fontes, continua a existir. Ora, era precisamente com o intuito de impedir a especulação ou as interpretações dúbias, que defendi (e defendo) uma explicação minimamente credível para tudo isto.

Se Danny tivesse dito aos responsáveis da Selecção que tinha um problema físico que o impedia de dar o contributo à equipa, creio que bastava uma carta do clube a comprovar isso mesmo e, muito provavelmente, não teríamos caso algum. Ele justificava a não presença e a Federação podia, ainda que de forma abreviada, dizer aos portugueses a razão da ausência de um dos convocados de Paulo Bento. Afinal de contas, doenças todos temos e, problemas físicos, são mais que comuns em desportistas de alto rendimento. Contudo, ao que consta, não foi isso que foi feito. E foi aí que os “palpites” começaram, pois para muitas pessoas (e eu faço parte desse rol) não se pode falhar uma chamada à Selecção Nacional, ainda por cima quando em causa estão embates importantíssimos e não duelos particulares, sem apresentar algo mais sustentável que um inócuo “não posso ir”. E reparem que não estou a dizer que era necessário um relatório imenso. Bastava dizer que o rapaz estava lesionado ou doente.

A prova de que este processo não foi bem dirigido desde o começo é que, na terça-feira, foi o próprio Zenit a levantar um pouco o véu e, perante a surpresa geral, a anunciar uma “pequena cirurgia”. Já se ficou a saber alguma coisa. Ainda assim, convenhamos, não se percebe como é que algo apresentado como de somenos importância foi escondido pelo jogador. Mais: se a intervenção cirúrgica não era assim tão grave, não podia ter sido adiada até uma altura menos inconveniente para a Selecção, bem como para o clube russo?

Segundo li algures, afinal, a “pequena cirurgia” pode (ou podia) ser uma coisa mais complicada, algo que ajudaria a compreender a relutância do atleta em explicar convenientemente a situação. Ainda assim, volto a insistir, o caso podia ter sido melhor orquestrado, sem ser necessário trazer a público pormenores mais privados e ou delicados.

PS – Espero que Danny se restabeleça quanto antes, que continue a jogar e bem e que a Selecção vença os seus compromissos. Os dois que estão na calha e todos os que disputar no futuro.