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O fim-de-semana futebolístico em Portugal foi tranquilo. O Benfica continuou sem perder, o Sporting manteve a recente senda ganhadora e até o FC Porto – que estava “engripado” – saiu de Coimbra co..." /> Que se passa na Selecção? - Olhos de ver - Record

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Que se passa na Selecção?

3 Outubro, 2011 657 visualizações

O fim-de-semana futebolístico em Portugal foi tranquilo. O Benfica continuou sem perder, o Sporting manteve a recente senda ganhadora e até o FC Porto – que estava “engripado” – saiu de Coimbra com o ânimo renovado. Dito por outras palavras: os adeptos dos grandes conheceram dois dias serenos, embora os leões – a jogarem outra vez muitos minutos com 10 e apenas com uma vantagem mínima no marcador – tenham sofrido um pouco.

Mas, no meio desta bonança, soube-se que a Selecção perdeu o concurso de Danny. Sou daqueles que consideram que o futebolista do Zenit nunca conseguiu mostrar na equipa nacional o seu real valor. Recentemente, no jogo da “Champions” em que os russos bateram o FC Porto (3-1), cheguei a dizer que se o rapaz jogasse na formação das quinas metade do que consegue lá fora… seria excelente.

Danny, que nem sei se fazia parte dos planos de Paulo Bento para ser titular, é um dos futebolistas nacionais em melhor forma. Perdê-lo quando estão em causa dois embates que podem ser decisivos rumo à qualificação para o Europeu do próximo ano… é uma péssima notícia. E é ainda mais penosa porque, entre lesões, suspensões, abandonos e “esquecimentos”, também não há Ricardo Carvalho, Pepe, Fábio Coentrão, Bosingwa, Hugo Almeida, Simão, Tiago, Miguel ou Liedson.

De repente, quando tudo se decide, o seleccionador é obrigado a chamar vários jogadores que jogam pouco nos seus clubes ou, em alguns casos, pura e simplesmente “não calçam”. E ainda há um grupo daqueles que vão actuando, mas visivelmente longe do rendimento normal. Em resumo: não estou a gostar nada do cenário, depois de se ter conseguido o que parecia mais difícil, que era recuperar de um péssimo arranque.

Quando Carlos Queiroz era o treinador, o que mais se ouvia por aí era que o espírito na Selecção estava pelas ruas da amargura. Basicamente, constava (e tudo me leva a pensar que era mesmo assim) que os jogadores não morriam de amores pelo Professor. Terá sido isso, pelo menos na óptica de muita gente próxima da equipa, que levou ao abandono de alguns jogadores.

Mas, como se sabe, Queiroz já está fora há muito tempo. E apesar dos resultados positivos, algo de estranho se continua a passar na Selecção. O episódio de Ricardo Carvalho – que acompanhei à distância, por estar no Europeu de basquetebol – provou isso mesmo, ainda por cima envolvendo um futebolista que, desde sempre, primou pela serenidade, sendo mesmo o mais discreto entre as estrelas lusas.

Agora, de um dia para o outro, através de um comunicado deveras enigmático, Danny diz que não pode jogar. Não se pode ausentar da Rússia, ao que parece. Não faço ideia se o rapaz tem mesmo algum problema grave, com ele ou a sua família, que o impeça de dar o contributo à Selecção. O que sei, e faço questão de o dizer sem rodeios, é que só um assunto de gravidade comprovada é que pode justificar a sua ausência num momento destes. Mais: para evitar interpretações dúbias e na defesa do bom nome do país, da Federação e do próprio Danny, os portugueses deviam saber, de forma clara, o que está na origem desta ausência. O silêncio e a conversa às curvas, em situações do género, não ajudam nada. Bem pelo contrário.