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Quando Sebastian Vettel viu a bandeira xadrez em Melbourne e esboçou tímido festejo pelo 3.º lugar,  Lewis Hamilton e Nico Rosberg já tinham passado por ali há pouco mais de meio minuto. Uma eterni..." /> F1 2015 à distância (1 – queixinhas e ameaças) - Variação Contínua - Record

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F1 2015 à distância (1 – queixinhas e ameaças)

16 Março, 2015 1289 visualizações

Quando Sebastian Vettel viu a bandeira xadrez em Melbourne e esboçou tímido festejo pelo 3.º lugar,  Lewis Hamilton e Nico Rosberg já tinham passado por ali há pouco mais de meio minuto. Uma eternidade em Fórmula 1. Quando cruzou a linha de chegada, o 11.º classificado, Jenson Button, já fora dobrado duas vezes pelos homens da Mercedes. Se dúvidas existissem sobre a falta de interesse competitivo deste primeiro GP de 2015 e, muito provavelmente, de toda a época, pois os factos que abrem o texto chegavam para desfazê-las.

Mas este cenário, antecipado ao longo dos testes de inverno e pouco mais do que o prolongamento da temporada anterior , não justifica as “queixinhas” do diretor da Red Bull. Chris Horner quer que a FIA mexa nas regras para haver mais… “igualdade”. E lembra os tempos em que a equipa foi somando vitórias e campeonatos — 4 seguidos –, quando várias foram as alterações regulamentares para, diz ele, aproximar as outras escuderias dos carros do touro vermelho. Vieram assim à liça a história dos difusores duplos, proibidos; a história das asas flexíveis, proibidas; a mudança de posição dos escapes. Tudo a embirrar com as soluções encontradas pela Red Bull; tudo para tentar que os outros se chegassem à traseira dos carros de Vettel e de Mark Webber.

Claro que Horner elogia o trabalho da Mercedes (também era o que faltava que não o fizesse), mas não deixa de sugerir que a FIA, na posse de todos os dados sobre a potência e o binário dos motores (pronto, as unidades de potência), pode fazer algo para equilibrar as coisas. Mais tarde, o sr. Helmut Marko, espécie de mentor todo-poderoso da Red Bull, veio ameaçar com a saída da empresa das latinhas de bebida energética. O homem que escolhe os pilotos e põe e dispõe na famosa “academia Red Bull” lembrou que o perigo actual é o sr. Mateschitz, dono da companhia, “perder a paixão pela Fórmula 1”. Há um contrato que liga a empresa à F1 até 2020, mas a pressão verbalizada não deixa de ser interessante.

 Esquecendo já que a “paixão” do austríaco Mateschitz só está activa quando a equipa ganha, este momento de revolta só tem razão de ser num factor. É verdade que são quase abissais as diferenças entre a Mercedes e os outros. E não o é menos que a evolução natural ao longo da época chegará a todos, pelo que não é de esperar que os Mercedes comecem a andar menos enquanto a concorrência, sabe-se lá como, dispara de um momento para o outro.

Acontece que Red Bull e Toro Rosso são as únicas clientes da Renault e não há por onde escapar. O construtor francês teve enormes dificuldades em 2014 para criar motores verdadeiramente eficazes e as esperadas melhorias em 2015 ainda não se manifestaram. Por isso, para lá de seguir o conselho de Toto Wolff, director da Mercedes, que sugeriu à Red Bull que antes de gritar pela “igualdade” deve trabalhar, Chris Horner, Helmut Marko e Dietrich Mateschitz devem ter uma converseta com a Renault. E, já agora, pedir a Adrian Newey para participar mais activamente nos destinos da equipa e nessa mesma converseta. Coisa que o britânico até nem recusaria, ou não tivesse declarado ao “The Guardian” que olha para os motores Renault e não vê luz ao fundo do túnel.