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Julen Lopetegui já não é treinador do FC Porto. A notícia não surpreende. O espanhol já tinha uma relação muito degradada com a exigente massa associativa dos dragões e apesar de a administração da..." /> Um falhanço e dos grandes - Lado B - Record

Lado B

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Um falhanço e dos grandes

21 Janeiro, 2016 1544 visualizações

Julen Lopetegui já não é treinador do FC Porto. A notícia não surpreende. O espanhol já tinha uma relação muito degradada com a exigente massa associativa dos dragões e apesar de a administração da SAD ter apelado à compreensão dos Super Dragões, a falta de resposta dos jogadores e a perda da liderança em apenas duas jornadas levou Pinto da Costa e Antero Henrique a darem como terminado um reinado que saudades deixa muito poucas. O FC Porto conquistou zero títulos a época passada e parecia seguir o mesmo trilho em 2015/16. O treinador que abandona o Dragão parece nunca ter entendido o futebol português, as suas rasteiras e dificuldades. Pior do que isso, nunca colocou a render os dois plantéis milionários que teve nas mãos. E isso é algo que nem a estrutura lhe perdoa.


Lopetegui chegou ao Porto como uma lufada de ar fresco. Métodos pretensamente revolucionários, torres de vigia, um quero, posso e mando que deixou marcas e uma certeza de um futebol à Pep que dava água na boca. Hoje percebemos que o espanhol não estava preparado para liderar um clube com a grandeza do FC Porto. A posse sem finalidade, o receio como marca indelével, o controle sem entender que sem balizas ele nunca existe. Pior, no discurso as concessões foram demasiadas e a rábula com Jesus na Luz completamente escusada. É sempre triste ver alguém ficar sem trabalho, mas acredito sinceramente que o FC Porto merece melhor. Como os jogadores e adeptos.
Mas se a Lopetegui devem ser pedidas responsabilidades, principalmente a época passada, no presente há responsabilidades a dividir. Quem permitiu a continuidade do espanhol quando a relação com os adeptos estava tão desgastada devia fazer um mea culpa. A ausência de ideias futebolísticas e a perda do controle emocional estavam à vista de todos. Como não viram?

Texto publicado em Record Premium e na versão impressa de Record a 7 de janeiro de 2016