A dificuldade da sucessão
Os treinos do plantel às ordens de Rui Vitória identificaram ao técnico duas carências importantes: guarda-redes e lateral-direito. Não é que não haja no grupo soluções competentes e já testadas para o lugar. Tanto Júlio César como André Almeida são jogadores que não farão os benfiquistas tremer, caso ocupem as vagas em aberto.
O problema de Vitória é que tanto na baliza como na ala direita tinha dois jogadores de classe mundial. Não foi à toa que o Benfica encaixou tantos milhões com Ederson e Nélson Semedo. Craques da cabeça aos pés e hoje a vestirem as camisolas dos milionários Manchester City e Barcelona.
A dificuldade da sucessão prende-se com a especificidade dos que saíram, uma vez que há poucos, muito poucos a nível mundial, com as mesmas características. Era mais fácil para Rui Vitória que a SAD encontrasse no mercado alguém com perfil semelhante. Mas se houvesse, e experiente, não era para as bolsas nacionais. Vai ter de evoluir alguém da formação ou reinventar a dinâmica da equipa. A não ser que a estrutura tire um coelho da cartola. Já aconteceu. Veja-se Grimaldo.
O jovem belga Svilar fala hoje a Record. O Benfica procura um novo Oblak ou Ederson. As informações são boas. E cedo sai mais barato.
Texto publicado na versão impressa e Record Premium a 18 de julho de 2017