Uma candidatura justificada
Cristiano Ronaldo juntou-se ontem à Seleção Nacional após a conquista de mais uma Liga dos Campeões em que foi determinante. O capitão de Portugal termina a época em forma e vai liderar um grupo com legítimas aspirações à conquista da Taça das Confederações. Os portugueses estão de pé quente em variadíssimos setores de projecção internacional e já não surpreenderá muita gente que a nossa equipa traga mais um caneco para casa. Claro que todos os competidores merecem respeito e entre eles Alemanha, Chile e México são adversários realmente temíveis. Mas a verdade é que o estatuto dos portugueses mudou com a conquista do Europeu e os germânicos, por exemplo, não levam a melhor equipa possível. Acreditar é o que há a fazer. Até porque Cristiano está insaciável.
A guerra de bastidores continua e ontem foi a vez de Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, acusar o Benfica de um esquema de corrupção a árbitros. Palavras duras e assentes apenas numa troca de emails entre Adão Mendes e Pedro Guerra.
O atual clima no futebol português não faz bem a ninguém. Ao desporto em si, ao negócio futebol, a adeptos cada vez mais afastados pelos discursos de quem manda. Há insinuações que têm de ser investigadas para que não fiquem dúvidas sobre o que se passa nos corredores do poder. Ele são lutas pelo controle da liga, acusações gravíssimas aos árbitros… alguém tem de por mão nisto antes que rebente.
O negócio entre Benfica e Rio Ave agita os adeptos do clube nortenho. Percebo. Não é fácil entender porque abdicaram os vilacondenses do encaixe de 11 milhões, aceitando a valorização dada a jogadores como Nuno Santos e Pelé. Uma jogada arriscada e que pode levar à perda de muito, muito dinheiro. Ou o preço a pagar para ter na equipa craques como Ederson ou Krovinovic.
Texto publicado a 7 de junho de 2017